Investing.com - A cotação do petróleo passou a cair nesta sexta-feira, já que preocupações com níveis globais de produção continuavam a pesar mesmo com projeções otimistas de demanda.
O contrato do petróleo bruto West Texas Intermediate com vencimento em abril permanecia estável em US$ 61,16 o barril por volta das 11h00.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres recuavam US$ 0,15 para US$ 64,97 o barril.
A cotação do petróleo perdeu força após as projeções da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia para o aumento da oferta de petróleo fora do grupo terem sido elevadas para 1,60 milhão de barris por dia em 2018, o que se compara à previsão anterior de aumento de 1,40 milhão de barris por dia.
No entanto, a Opep acrescentou que seus esforços para reduzir a oferta continuavam a sustentar o reequilíbrio do mercado.
A Opep chegou a um acordo em dezembro para reduzir sua produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia até o final de 2018. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
A cotação do petróleo também estava sob pressão após a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) ter relatado que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 5,022 milhões de barris na semana encerrada em 10 de março, o que se compara a expectativas de aumento de 2,023 milhões nos estoques.
As preocupações ofuscavam as projeções da Agência Internacional de Energia de um aumento na demanda global de petróleo no ano que vem.
Em seu relatório mensal divulgado nesta quinta-feira, a IEA elevou sua perspectiva global de crescimento da demanda em 2018 em 100.000 barris por dia, com aumento previsto de 1,5 milhão de barris por dia.
A agência observou também que mudanças em políticas comerciais poderiam ter um impacto negativo na produção de petróleo, com uma desaceleração possivelmente atingindo combustíveis marítimos e de transporte rodoviário.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuavam 0,34% para US$ 1,915 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural estavam em baixa de 0,26%, negociados a US$ 2,676 por milhão de unidades térmicas britânicas.