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Bolsas europeias sobem antes de venda de títulos; DAX +0,47%

Publicado 26.06.2012, 04:49
Atualizado 26.06.2012, 04:49
Investing.com – As bolsas europeias apresentaram alta nesta terça-feira, uma vez que os investidores voltaram a atenção para uma série de leilões de títulos públicos na Itália e Espanha, ainda hoje, mas os ganhos foram limitados pelas preocupações cada vez maiores com o resultado da aguardada reunião de cúpula da União Europeia (UE), nesta semana.

Durante as negociações europeias da manhã, o índice EURO STOXX 50 avançou 0,51%, o CAC 40 da França subiu 0,35%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha cresceu 0,47%.

Os mercados estavam agitados antes da reunião de cúpula da UE, que deve ter início na quinta-feira, em meio ao ceticismo de que os líderes farão qualquer progresso em relação a uma integração fiscal maior e à permissão para que os fundos de resgate do bloco comprem títulos de dívida pública.

Na segunda-feira, a chanceler alemã Angela Merkel dizimou quaisquer esperanças de que os países da zona do euro emitirão títulos conjuntos em euro (eurobonds) para ajudar os países endividados, chamando a idéia de “economicamente errada” e “contraprodutiva”.

Enquanto isso, o novo ministro das finanças da Grécia foi forçado a renunciar por motivos de saúde, ao passo que o primeiro-ministro do país, Antonis Samaras, disse que não conseguirá participar da reunião da UE desta semana, uma vez que ele acabou de passar por uma cirurgia ocular.

Os investidores também ficaram cautelosos após a agência Moody’s ter rebaixado a classificação de 28 bancos espanhóis na segunda-feira, citando a exposição ao doente mercado imobiliário. A decisão foi tomada após a Espanha ter solicitado formalmente até € 100 bilhões em empréstimos de resgate para recapitalizar os conturbados bancos do país.

As ações do setor financeiro ficaram em alta apesar das notícias, alta que foi liderada pelo banco italiano Unicredit, com suas ações subindo 1,63%, e seguido de perto pelo BBVA da Espanha, cujas ações saltaram 1,09%.

Os bancos franceses BNP Paribas e Société Générale também apresentaram ganhos, com suas ações crescendo 1,19% e 1,37% respectivamente, ao passo que as ações dos bancos alemães Deutsche Bank e Commerzbank avançaram 0,99% e 0,37%.

Enquanto isso, as ações da Adecco, maior fornecedora mundial de mão de obra temporária, subiram 2,52% após a empresa suíça ter informado que seu programa de recompra terá início no meio de julho e que será financiado através de dívida.

As ações do setor automobilístico ficaram no lado negativo, com as ações da BMW despencando 2,18% e as da Volkswagen caindo 1,72%, ao passo que as da Daimler recuaram 1,36%.

Em Londres, o FTSE 100 de commodities pesadas avançou 0,34%, impulsionado pelos fortes ganhos nas ações de mineração e energia.

A Rio Tinto e a BHP Billiton, gigantes da mineração, viram suas ações subirem 1,38% e 0,88%, ao passo que a Anglo American e BP, maiores produtoras de gás e petróleo, viram suas ações avançarem 1,38% e 0,89%.

As ações das produtoras de cobre Xstrata Kazakhmys também ficaram em alta, subindo 0,35% e 1,39%, respectivamente.

Em outros lugares, a Shire viu suas ações crescerem 2,38% após o Société Générale e o Berenberg Bank terem atualizado suas recomendações sobre a fabricante de medicamentos de "segurar” para “comprar”.

As ações do setor financeiro apresentaram cenário misto. As ações do Royal Bank of Scotland (RBS) despencaram 1,14%, as do Lloyds Banking caíram 0,92%, ao passo que as do Barclays recuaram 0,60% e as do HSBC Holdings subiram 0,64%.

Nos EUA, os mercados de ações apontaram para uma abertura em alta. Os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram alta de 0,38%, os do S&P 500 sinalizaram aumento de 0,43%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram ganho de 0,46%.

Ainda hoje, um relatório da Gfk mostrou que seu índice de clima do consumidor na Alemanha subiu inesperadamente em junho, avançando para 5,8, de uma leitura de 5,7 no mês anterior. Os analistas esperavam que o índice permanecesse inalterado em 5,7.

No final do dia, os EUA devem divulgar dados setoriais sobre a inflação dos preços das casas, seguidos por um relatório sobre a confiança do consumidor.

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