Investing.com - Na noite de segunda-feira, a Braskem (SA:BRKM5) entregou o relatório anual 20-F, relativo ao ano de 2017, em um atraso superior a um ano e meio. As informações da edição desta terça-feira do Valor Econômico dão conta que nos próximos dias o documento do ano passado também será registrado e apresentado.
Mesmo com a notícia, as ações das Braskem (SA:BRKM5) seguem a tendência negativa e eram negociadas com perdas de 2,92% a R$ 27,97, por volta das 15h25.
A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula o mercado dos Estados Unidos, exige que as empresas estrangeiras entreguem, a cada ano, o documento com dados completos sobre seu desempenho financeiro, operacional e também dos controles internos.
Foi devido a ausência dessa documentação que, em maio, a Bolsa de Nova York suspendeu as negociações dos recibos de ações da petroquímica. Além disso, a NYSE iniciou um processo para deslistar a empresa. Agora, caso a Braskem (SA:BRKM5) cumpra o esperado e regularize a situação, os papéis da Braskem podem voltar ao mercado.
O Valor lembra que o documento de 2017, que foi elaborado pela PwC, foi questionado pelo fato da auditoria ter sido uma das mais expostas na Operação Lava Jato, sendo que tinha uma de suas principais clientes a Petrobras (SA:PETR4) em 2014. Para superar os desafios, a petroquímica contratou em 2018 a KPMG.
O documento atrasado, explica o jornal, traz detalhes sobre o controle interno da companhia, e já deveria estar pronto. No entanto, em março deste ano, Marcelo Odebrecht colaborou com o Ministério Público Federal (MPF) sobre uma movimentação no valor de US$ 8 milhões, realizada indevidamente por Maurício Ferro, seu cunhado, enquanto era diretor da petroquímica.
Com as informações, teve origem uma investigação sobre Ferro e também a novas apurações internas. Assim, a Polícia Federal deflagrou uma operação que levou à prisão de Ferro e de um advogado que alegou ter feito operações sob ordem da Braskem (SA:BRKM5). Desta forma, a finalização dos documentos não pode ser concluída.
Com informações do jornal Valor Econômico