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De olho em Brasília, Bolsa interrompe série positiva e fecha em baixa de 0,25%

Publicado 11.11.2020, 15:48
Atualizado 11.11.2020, 19:10
© Reuters.  De olho em Brasília, Bolsa interrompe série positiva e fecha em baixa de 0,25%

© Reuters. De olho em Brasília, Bolsa interrompe série positiva e fecha em baixa de 0,25%

O Ibovespa se acomodou um pouco abaixo da linha dos 105 mil pontos no fechamento desta quarta-feira, 11, em viés moderadamente negativo na sessão, colocando uma pausa em sequência positiva de seis pregões, a melhor desde os sete ganhos consecutivos colhidos na virada de maio para junho. Com giro financeiro mais uma vez reforçado, em meio aos primeiros sinais de retomada do interesse do investidor estrangeiro pelos emergentes, o índice da B3 (SA:B3SA3) encerrou a sessão em baixa de 0,25%, a 104.808,83, tendo oscilado entre mínima de 104.143,47 e máxima de 105.462,33 pontos, com abertura a 105.066,96. O volume, que havia superado ontem R$ 51 bilhões, ficou hoje em R$ 35,5 bilhões, ainda alto para o padrão da B3.

As ações de bancos e Petrobras, que haviam sido o principal dínamo para o Ibovespa nas últimas sessões, passaram por leve ajuste nesta quarta-feira, bem discreto se considerado o ganho acumulado pelos papéis neste começo de mês - ainda bem atrasados no ano e favorecidos agora por rotação em busca de ações com desconto, assim como, no caso da petrolífera, por recuperação nas cotações da commodity nos últimos dias.

Nesta quarta-feira, Petrobras PN (SA:PETR4) e ON fecharam respectivamente em baixa de 0,87% e 0,08%, com ganhos até aqui no mês a 20,80% e 24,32%. Entre os grandes bancos, as perdas se disseminaram moderadamente hoje, à exceção de Bradesco (SA:BBDC4) ON (+0,18%). Em novembro, os ganhos nas ações do setor estão agora entre 13,14% (Santander (SA:SANB11)) e 22,03% (Itaú PN). No mês, o Ibovespa acumula até aqui alta de 11,56%, com avanço de 3,85% na semana - em 2020, cede 9,37%.

O cenário de fundo desde a definição da eleição americana, no sábado, e o anúncio, anteontem, de eficácia acima de 90% em teste clínico de fase 3 na vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech permanece positivo, não apenas para as maiores economias, mas também para as emergentes, o que se reflete na regressão do dólar e no apetite por ativos de risco. Aqui, contudo, o mercado continua atento a sinais sobre a situação fiscal e o que será endereçado para 2021, de forma a melhorar a percepção sobre as contas públicas. Nas próximas semanas, enquanto se realizam as eleições municipais, a alternativa é seguir monitorando os sinais que chegam de Brasília - e os mais recentes não ajudaram.

"O que volta agora é o maldito ruído, a sensação de que o governo parece perdido. O governo não tem dado os sinais que se esperam e o mercado começa então a questionar, especialmente quando autoridades passam a falar em inflação", observa Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. "É preciso chegar a 2021 com tudo bem encaminhado, e não temos nem mesmo Orçamento definido, o que falar de achar fonte para fazer o Renda Cidadã. Daqui até lá teremos um período muito difícil, uma vez esfriado este entusiasmo natural que vemos agora, passada a eleição americana e o sinal sobre vacina."

Neste contexto ainda muito positivo, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 4,502 bilhões na B3 na última segunda-feira, o maior aporte em um único dia em termos nominais - sem correção inflacionária - desde 2007, ano em que se inicia a série de dados diários compilados pelo Broadcast.

A vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais americanas e os resultados animadores sobre a vacina da Pfizer contra o coronavírus provocaram um rali nos ativos de mercados emergentes que ainda tem "muito espaço" para prosseguir neste final de ano, até o começo de 2021, avalia o Morgan Stanley (NYSE:MS) nesta quarta-feira. O banco americano afirma prosseguir "bullish" (otimista) com estes mercados. Por sua vez, o Goldman Sachs elevou sua projeção para o nível em que o S&P 500 estará no fim de 2020, de 3.600 para 3.700 pontos, destacando a perspectiva de uma vacina para Covid-19 em breve.

"Apesar do cenário que se mantém positivo lá fora, à medida que o tempo passa, o investidor volta a ficar atento a outras coisas, como a nossa situação fiscal e os ruídos políticos. Uma pena o que aconteceu, é preciso que o presidente (Bolsonaro) tenha mais atenção à linguagem, e não trate o coronavírus como algo já superado - não fosse isso, teríamos visto mais uma alta hoje", aponta Jefferson Laatus, estrategista-chefe do grupo Laatus.

Palavras como "pólvora" e "hiperinflação" - esta proferida por Paulo Guedes, ministro da Economia - ingressaram ontem subitamente no vocabulário oficial, o que na terça-feira acabou sendo colocado em segundo plano pelo mercado, em dia no qual a B3 ainda reagia à proximidade da vacina e a recuperação que, uma vez disponível, proporcionará às economias, inclusive emergentes.

Na ponta do Ibovespa nesta quarta-feira, Via Varejo (SA:VVAR3) fechou em alta de 5,61%, à frente de BTG Pactual (SA:BPAC11) (+5,32%), Marfrig (SA:MRFG3) (+3,03%) e B3 (+2,40%). No lado oposto, Ultrapar (SA:UGPA3) cedeu 6,82%, seguida por Braskem (SA:BRKM5) (-6,57%), Hering (SA:HGTX3) (-4,32%) e Cogna (SA:COGN3) (-3,88%).

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