Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - O Ibovespa Futuros abriu em alta e subia 0,87% perto das 9h20 desta segunda-feira (23), seguindo a menor aversão ao risco no exterior de olho no avanço das vacinas, que impulsionava os futuros americanos e as principais bolsas europeias.
O Dow Jones Futuros, o S&P 500 Futuros e o Nasdaq 100 Futuros subiam 0,74%, 0,65% e 0,42%, respectivamente. Na Europa, os índices de atividade dos gerentes de compra, os PMIs, acima do esperado no setor industrial, ajudavam a impulsionar levemente os índices, mesmo com os dados de serviços abaixo do esperado. O STOXX 600 subia 0,49%.
Já na Ásia o índice de blue-chips da China fechou esta segunda-feira no nível mais alto em mais de cinco anos, liderado por ganhos em matérias-primas e energia. O Shanghai Shenzhen CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,25%, chegando ao maior nível de fechamento desde 17 de junho de 2015, enquanto o índice Shanghai Composite teve ganho de 1,09%.
Os principais índices globais seguem o otimismo misto da última semana com as notícias das farmacêuticas Pfizer (SA:PFIZ34) (NYSE:PFE) e BioNTech (NASDAQ:BNTX), da Moderna (NASDAQ:MRNA) e hoje da AstraZeneca sobre o avanço no desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. Por outro lado, o PMI composto da Zona do Euro, que reúne as leituras da indústria e dos serviços da região, atingiu o menor patamar dos últimos seis meses com as novas restrições contra o vírus e vários estados americanos registraram número recorde de novos casos da doença no final de semana.
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Notícias da vacina
A farmacêutica britânica AstraZeneca (SA:A1ZN34) (LON:AZN) anunciou nesta segunda-feira que sua potencial vacina contra o coronavírus pode ser em torno de 90% eficaz sem nenhum efeito colateral grave, dando ao mundo mais uma ferramenta importante no combate à pandemia de Covid-19.
A vacina, desenvolvida pela Universidade de Oxford, foi 90% eficaz na prevenção da doença quando administrada em meia dose e, pelo menos um mês depois, uma dose integral, de acordo com dados do estudo clínico em estágio avançado realizado no Reino Unido e no Brasil.
O Brasil registrou 194 novas mortes por Covid-19 neste domingo, além de 18.615 novos casos, informou o Ministério da Saúde. Ambos os dados representam um recuo frente aos números observados na véspera, quando foram notificados 376 novos óbitos e 32.622 novos casos.
No total, já são 169.183 mortes no país causadas pelo coronavírus, enquanto o número de casos chegou a 6.071.401. O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos. Em número de casos, o país fica em terceiro lugar, atrás de EUA e Índia.
Também neste fim de semana, Moncef Slaoui, integrante do programa de vacinas do governo dos EUA, disse à rede NBC que os primeiros americanos poderão receber a vacina da Pfizer e da BioNtech já em 11 de dezembro. Os consultores externos da Administração de Alimentos e Medicamentos se reunirão no dia 10 para discutir se autorizam o uso de emergência.
Agenda do dia
Esta segunda-feira será recheada de falas de autoridades, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, participando de três eventos ao vivo, às 9h30, 10h15 e 16h. Já às 10h, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da abertura da Semana Nacional de Educação Financeira, promovida pela própria instituição.
O presidente Jair Bolsonaro tem reuniões com ministros, incluindo Guedes, Onyx Lorenzoni, da Cidadania, e André de Almeida, da Justiça.
Hoje também começa a terceira edição da Money Week, o maior evento sobre investimentos da América Latina, com participação de André Esteves, sócio-sênior do BTG Pactual (SA:BPAC11), na palestra de abertura.
Em relação aos indicadores econômicos, além dos já mencionados e divulgados PMIs da Zona do Euro, Alemanha e Reino Unido, a agenda do dia é fraca, com destaque para os dados americanos de atividade, às 11h45. O consenso espera que a leitura dos PMIs da indústria e de serviços da maior economia do mundo desacelerem em novembro.
Corporativo
Vale - A Vale (SA:VALE3) declarou na última sexta-feira (22) que segue mantendo um “diálogo construtivo com o Estado de Minas Gerais e com instituições federais e estaduais de Justiça” em relação ao ressarcimento do desastre de Brumadinho. Segundo a empresa, os valores de um possível acordo deverão considerar diversos aspectos econômicos, inclusive alguns desembolsos já feitos, e que por isso o valores até o momento são “especulativos”.
O governo de Minas pede o pagamento de R$ 54 bilhões, e a contraposta da Vale, de R$ 21 bilhões, não foi aceita.
B2W (SA:BTOW3) - A conselho de administração da B2W aprovou, na última sexta-feira, a emissão de até R$ 3,1 bilhões em debêntures.