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Privates buscam se adaptar à era dos juros baixos; clientes de alta renda terão de se ajustar

Publicado 11.09.2019, 23:50
Atualizado 13.09.2019, 16:42
© Reuters.

Arena do Pavini - Os private banks, áreas de gestão de fortunas dos bancos, procuram se adaptar aos novos tempos de juros baixos no Brasil. Segundo Luiz Severiano, head global do Itaú (SA:ITUB4) Private Bank e coordenador da Comissão de Private Banking da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), o momento exigirá maior esforço para ajustar as aplicações dos investidores ao novo cenário e orientar os clientes sobre os novos tempos de retornos menores e de maior risco. Muitos desses clientes, alerta Severiano, não se deram conta ainda da nova realidade, ou acreditam que a queda é passageira. “É um cenário desafiador em termos macroeconômicos, de juros menores no Brasil e no mundo, com juros até negativos, e está ocorrendo uma mudança no comportamento do investidor”, afirma. “No Brasil, é uma novidade o juro pós fixado em 6% e com expectativa de quedas, até 5%, juro real em torno de 3% dependendo do prazo”, observa. Ele participou do 7º Seminário de Private.

Situação cômoda acabou

Esse ambiente é mais desafiador para as famílias e para os private banks, pois com o juro alto e baixo risco a situação era cômoda para todos, admite Severiano. “Em um ambiente de juro mais baixo, os bancos precisam se mexer, precisam ficar mais sofisticados e é muito mais desafiador oferecer um investimento de mais longo prazo, mais sofisticado ou de maior risco como bolsa do que uma aplicação de renda fixa pós-fixada de risco zero”, afirma.

Cliente private ainda não está preparado para o juro baixo

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Severiano observa também que o cliente de private banking não está preparado para essa queda dos juros. “Como ainda tivemos ganhos este ano em renda fixa com a queda dos juros em papéis do governo e em multimercados, o rendimento médio caiu de 14% ao ano para 10%, um retorno ainda razoável, mas daqui para frente a situação vai mudar e o ganho será bem menor para quem ficar só na renda fixa”, alerta.

Segundo ele, muitos investidores de alta renda ainda não perceberam a mudança, por conta desses ganhos extraordinários desta fase de ajuste dos juros. “Só os mais conservadores, que estavam totalmente em juros pós-fixados, CDI ou Selic, aplicações que acompanharam a queda dos juros para 6% ao ano, é que já perceberam a mudança”, diz. “Muitos ainda não tomaram consciência desse impacto, ou acham que em algum momento a situação do país pode piorar de novo pois o dólar subiu, e os juros vão voltar a subir”, explica Severiano.

Juro não deve voltar aos níveis do passado

O executivo diz que os juros até podem voltar a subir nos próximos anos, mas não voltaram aos dois dígitos, muito menos aos 14,25% ao ano de dois anos atrás. Essa opinião é reforçada por Carlos Kawall, economista-chefe do Safra e membro do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima. Para ele, o movimento de taxas de juros mais baixas não é passageiro. No entanto, ele ponderou que os clientes do private não compartilham da mesma visão: “há relutância deles em aceitar que a queda dos juros veio para ficar”, disse. O motivo são as lembranças do passado: os investidores se recordam de quando a Selic começou a cair no final de 2011 e logo voltou a subir em 2013. As razões para a queda dos juros em 2011 e hoje, porém, são bem diferentes, e tem razões muito mais estruturais. “Há um ambiente mundial de juros baixos e até negativos no mundo inteiro que tem impacto no Brasil”, lembra Severiano.

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Investidor terá de adaptar seus gastos à nova realidade

Segundo ele, em alguns casos em que o patrimônio do investidor é menor, ele terá de adaptar seu orçamento aos novos tempos de ganhos menores. “Havia um ambiente muito benéfico, de alto rendimento com baixo risco, que acabou”, diz. Nesse novo ambiente, o investidor que valores mais altos terá de adaptar sua carteira aos novos tempos de ganhos menores. Mas os que têm um patrimônio menor, de R$ 10 milhões, por exemplo, e podiam sacar R$ 600 mil por ano, agora poderão sacar R$ 300 mil. “E isso terá impacto em seu orçamento”, afirma. “Pode ser que o cliente tenha que mudar o modelo de vida dele e não apenas o portfólio”, diz Severiano.

Segundo ele, a expectativa para este ano para o setor de private é de um crescimento modesto, acompanhando o juro do CDI. O segmento fechou o primeiro trimestre com um patrimônio de R$ 1,3 trilhão, em meio a mudanças no perfil dos investimentos, com a renda fixa perdendo importância e os ativos de bolsa, investimentos alternativos e juro real ganhando. É um amadurecimento da indústria que exige uma capacitação técnica cada vez maior, não só dos profissionais como todos que trabalham no setor, afirma Severiano.

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Últimos comentários

Paulo Guedes avisou que era o fim dos rentistas...
Que maravilha, vamos terminar com os juros. Quem não trabalhar não ganha.
Ôhhh, coitados. O fato é que investir em renda variável dá trabalho, exige dedicação e implica em assumir riscos e convenhamos que a elite brasilieira não curte este cenário. Com a economia estolando os investimentos públicos terão que voltar e será o fim do teto de gastos.
Será que a casa caiu, não estou falando da bolsa.
Está longe disso acontecer...Brasil estagnado inflação baixa...acredito que o pessoal vai ter q se remexer...
Juro deveria cair para 1%. Sobraria uns 180 bi para governo investir. Nao esta faltando dinheiro?
Estamos de olho pois juros baixos significa correr riscos para maiores juros e as opções são entrar na bolsa ou Abrir seu proprio negocio para atingir pelo menos uma TMA a cima da renda fixa atual!
A meta do governo é abaixar juros > seguir com as reformas estruturais para o país > juros baixos dinheiro mais barato > investimento direto em produção e novos empreendimentos > IED > geração de emprego > aumento da renda > consumo > aí sim passar por bons momentos no país, para conforme for, começar a controlar a inflação usando política monetária somente.. E começarmos a caminhar bem!
essa história também vem sendo contada desde o 2º governo Dilma!
 essa história também vem sendo contada desde o 2º governo Dilma!
Com EUA subindo juro e/ou governo atual abrindo a torneira dos gastos (mais próximo da eleição), juro deve subir. Em caso de ocorrer os dois eventos, passa da casa de dois dígitos de novo.
 sim, falo de médio prazo, daqui 2 ou 3 anos.
João Dion: Teto de Gastos! pelos próximos 15 anos esses juros vão encostar no chão.
, 15 anos?! Acredito que o teto de gastos não se sustentará nem pelos próximos 4 anos.
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