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Produção de minério de ferro da Vale em 2019 cai 21,5% com impacto de Brumadinho

Publicado 11.02.2020, 11:25
Atualizado 11.02.2020, 11:25
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção de minério de ferro da Vale (SA:VALE3) em 2019 somou 301,97 milhões de toneladas, queda de 21,5% ante 2018, em meio a paradas de produção devido ao rompimento de barragem em Brumadinho (MG) no início do ano passado, informou a mineradora nesta terça-feira, em relatório de produção.

Antes do desastre, a empresa planejava atingir produção de 400 milhões de toneladas no ano passado, meta que agora poderá ser atingida apenas a partir de 2022, segundo informações publicadas anteriormente pela companhia.

A tragédia em Brumadinho matou 259 pessoas e atingiu comunidades, mata e rios da região. Outras 11 pessoas permanecem desaparecidas. Devido ao rompimento, a Vale foi levada a interromper diversas atividades em Minas Gerais, em meio a uma revisão dos padrões de segurança operacional.

Além disso, as operações também sofreram impactos de uma sazonalidade climática mais forte do que o normal no primeiro semestre de 2019, destacou a empresa.

Mas os efeitos das paradas foram parcialmente compensados pelo aumento da produção na mina S11D --a maior da história da companhia--, no Pará, redução de estoques (em 14 milhões de toneladas) e retomada gradual de operações em algumas minas.

Com isso, as vendas de minério de ferro em 2019 foram de 269,3 milhões de toneladas, queda de 12,8% na comparação anual. As vendas de pelotas atingiram 43,199 milhões de toneladas, queda de 23,7% ante 2018.

Com isso, as vendas de minério de ferro e pelotas somaram cerca de 312,5 milhões de toneladas em 2019, contra projeção de entre 307 milhões e 312 milhões de toneladas revisada pela companhia em novembro.

No quarto trimestre, a mineradora produziu 78,344 milhões de toneladas de minério de ferro, recuo de 22,4% ante o mesmo período de 2018. Já as vendas da commodity somaram 77,9 milhões de toneladas no último trimestre do ano passado, queda de apenas 3,2% na comparação anual.

PREVISÕES E CORONAVÍRUS

Apesar dos impactos combinados na produção, a previsão para a produção de finos de minério de ferro da Vale em 2020 permanece no intervalo entre 340 milhões e 355 milhões de toneladas, frisou a mineradora.

O S11D, segundo o relatório, deverá contribuir com o volume total de 90 milhões de toneladas de minério de ferro de alta qualidade e baixo custo em 2020. Em 2019, a importante mina produziu 73,37 milhões de toneladas, avanço de 26,4% em relação ao ano anterior.

As estimativas, pontuou a Vale, não consideram efeitos da epidemia de coronavírus na China, que segundo a mineradora parecem até o momento passíveis de serem acomodados "apenas por meio de alterações de preço".

A Vale acrescentou ainda que está em conversas com autoridades para retomar a capacidade produtiva de 40 milhões de toneladas por ano com as operações de Timbopeba, Fábrica e Complexo Vargem Grande, que passam por revisões de segurança.

"A Vale reforça sua estratégia de margem sobre volume, priorizando produtos blendados em seu portfólio. Portanto, os estoques serão restabelecidos em 2020 para garantir o fornecimento adequado, o que pode implicar vendas menores em comparação aos volumes de produção", disse a empresa.

Após as fortes chuvas verificadas em Minas Gerais em janeiro e fevereiro, a Vale informou no relatório que registrou interrupções temporárias de produção e transporte nos Sistemas Sul e Sudeste, com perda de produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas.

METAIS BÁSICOS

A produção de níquel acabado da Vale atingiu 208 mil toneladas em 2019, queda de 15% ante o ano anterior.

O desempenho foi atribuído a fatores como a menor compra de minério de terceiros, menos minério vindo de Thompson e Vale Nova Caledônia (VNC), bem como à menor produção de Onça Puma, que recebeu autorização judicial para retomar atividades de mineração e processamento em setembro de 2019.

As operações de níquel também foram impactadas durante o ano por paradas de manutenção em refinarias do Atlântico Norte, que foram retomadas e agora operam a taxas regulares.

A Vale informou ainda que as atividades de refino em VNC, responsáveis pelo processamento do feed em óxido de níquel, cessarão a partir de abril de 2020, como parte de processo que visa melhorar o fluxo de caixa no curto prazo.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Já a produção de cobre acabado atingiu 381,1 mil toneladas em 2019, queda de 3,6% ante 2018, devido à menor produção de Sossego, que foi parcialmente compensada pela produção recorde em Sudbury.

(Por Marta Nogueira)

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