Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Russa LetterOne propõe injetar US$4 bi na Oi se empresa se unir à TIM

Publicado 26.10.2015, 12:41
Atualizado 26.10.2015, 12:49
© Reuters.  Russa LetterOne propõe injetar US$4 bi na Oi se empresa se unir à TIM

Por Luciana Bruno

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de investidores russos LetterOne enviou à Oi proposta para fazer uma injeção de até 4 bilhões de dólares na operadora, condicionada a uma combinação da companhia com a rival TIM Participações, um anúncio que fazia as ações da Oi saltarem mais de 11 por cento nesta segunda-feira.

O grupo de investidores é liderado pelo bilionário russo Mikhail Fridman. A LetterOne investe em ativos de energia e tecnologia e tinha cerca de 25 bilhões de dólares sob gestão até o final do ano passado.

O comunicado da Oi não informa por quanto tempo a proposta da LetterOne é válida e não dá detalhes da participação societária que o grupo teria na empresa consolidada. "A proposta será devidamente analisada pela companhia, em conjunto com seus assessores legais e financeiros", afirmou a Oi.

Pouco depois do anúncio da Oi, a TIM divulgou comunicado em que nega que esteja em alguma negociação com a LetterOne e com a Oi sobre uma potencial consolidação no mercado brasileiro.

Já a Oi disse que não daria informações além das já divulgadas ao mercado. O presidente-executivo da Telecom Italia, controladora da TIM, Marco Patuano, vem esta semana ao Brasil com agenda oficial de participação em evento do setor em São Paulo na terça-feira.

A Telecom Italia tem afirmado que a operação no Brasil é estratégica para a companhia. Em meados de setembro, o presidente-executivo da TIM, Rodrigo Abreu, afirmou a investidores em Nova York que a operadora não estava buscando "agressivamente" uma fusão e que a empresa estava bem posicionada para se beneficiar da consolidação do mercado.

DIFICULDADES

A proposta da LetterOne vem em um momento de persistência das dificuldades financeiras da Oi, mesmo após a venda dos ativos portugueses da Portugal Telecom para o grupo europeu Altice neste ano.

A Oi tenta desde o ano passado viabilizar uma consolidação da indústria enquanto mantém planos de melhoria de sua governança e investimentos em banda larga. A empresa terminou o primeiro semestre com dívida líquida de 34,6 bilhões de reais ao final do primeiro semestre e caixa de 16,6 bilhões.

Segundo Ari Lopes, analista da consultoria de telecomunicações britânica Ovum, o montante anunciado pela LetterOne pode ajudar a diminuir a dívida da Oi. Mas, no entanto, ainda são necessários vultosos investimentos na rede da operadora, que segundo ele precisa ser modernizada.

"Uma lição da compra da Brasil Telecom pela Oi foi a de que se após uma fusão desse porte a empresa resultante ainda ficar endividada, não necessariamente vai ser forte", disse. "Tudo dependerá da estrutura de capital. Se continuar esta situação de precariedade, vai ter uma Oi maior com problemas magnificados."

Outro desafio são as questões regulatórias, disse ele. A Oi, por ser uma concessionária de telefonia fixa, tem diversas metas de universalização estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esses encargos seriam considerados um peso na avaliação da empresa em uma eventual fusão. O governo federal tem estudado alterar as regras de concessão, e a previsão é que os debates sejam concluídos até o fim do ano.

O analista da Ovum também lembrou que uma fusão entre as duas empresas também poderia enfrentar resistência de reguladores da concorrência. "Tem algumas faixas (de frequência de telefonia móvel) que teriam de ser devolvidas", disse. "O aporte da LetterOne facilitaria o caminho, mas as dificuldades ainda existem", concluiu.

COMBINANDO COM OS RUSSOS?

Procurada na Rússia, a LetterOne disse que não se pronunciaria sobre o tema. A empresa é um veículo de investimento que detém participação de 56 por cento no grupo com sede na Holanda VimpelCom (O:VIP). Este grupo detém ativos de telefonia na Rússia, Itália, Argélia, Paquistão, Bangladesh, Laos, Ucrânia, Cazaquistão, Quirquistão, Uzbequistão, Armênia, Geórgia e Tajiquistão.

O bilionário russo Mikhail Fridman também é dono da Alfa Telecom, que detém uma fatia na operadora turca Turkcell. O empresário também foi acionista da segunda maior operadora celular russa, a Megafon.

Em nota a clientes, a consultoria independente CreditSights disse que a proposta da LetterOne é crível, mas tem risco material de execução. "Um acordo sobre a avaliação (das empresas) pode ser um desafio", disseram analistas da casa, lembrando que no fim de 2014 o valor de mercado da Oi era de 2,9 bilhões de dólares, e da TIM, 5,1 bilhões de dólares.

Às 12h37, as ações preferenciais da Oi tinham alta de 12,3 por cento, enquanto os papéis da TIM subiam quase 5 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa operava com oscilação negativa de 0,5 por cento.

(Com reportagem adicional de Maria Kiselyova, em Moscou)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.