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Para governistas, corte menor que 0,5 p.p na Selic será “provocação”

Publicado 06.05.2024, 08:02
© Reuters.  Para governistas, corte menor que 0,5 p.p na Selic será “provocação”

Parte do mercado financeiro avalia como real a possibilidade de o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) reduzir o ritmo de cortes da Selic já nesta semana, quando o colegiado tratará do assunto. Nas últimas 6 reuniões, a autarquia promoveu quedas sucessivas de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros.

Com isso, a Selic saiu de 13,75% para 10,75% ao ano. Em março, o Copom sinalizou que faria o último corte seguido de 0,5 p.p. No entanto, a alteração na meta fiscal brasileira e o cenário externo, com a manutenção dos juros norte-americanos no intervalo de 5,25% a 5,50% pela 6ª vez seguida, podem influenciar um corte tímido de 0,25 p.p.

Na 4ª feira (8.mai.2024), o Copom anunciará a decisão. O Poder360 questionou aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a chance de um corte menor no juro base. Há repúdio à eventual medida.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), é uma das que mais criticam o chefe da autoridade monetária, Campos Neto. Há restrições ao trabalho do economista à frente do Banco Central pelo fato dele ter sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019.

Para a petista, se a redução for de 0,25 ponto percentual, mostrará a “atuação política” de Campos Neto.

“O BC está fazendo uma política de conta-gotas de redução da taxa de juros. Tinha de ser mais ousado diante da inflação controlada que nós temos. Campos Neto faz terrorismo monetário e fiscal. Joga contra o país. Se o Copom decidir por um corte menor, ainda ficará mais clara a atuação política desse presidente, que se vende como técnico. Será um serviço para a extrema-direita, para o bolsonarismo”, declara.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) diz que Campos Neto tenta “atrapalhar o governo”. Ele acusa o presidente da autarquia de se aproveitar da mudança da meta fiscal de 2025 –que antes estabelecia superavit de 0,5% e teve uma piora ao passar para deficit zero.

“Roberto Campos Neto aproveitou aquela alteração da meta de 2025, que setores do mercado já sabiam que não dava para ter superavit. Foi o próprio Campos Neto através de entrevistas, desde o 1º dia, que mudou a expectativa do mercado sobre os juros futuros. Ele fez todo o trabalho político. Na nossa visão, existe uma posição política para atrapalhar o governo. Quase uma política de sabotagem”, diz.

Lindbergh reconhece que a permanência dos juros dos Estados Unidos no patamar de 5,25% a 5,50% interfere na trajetória da Selic. Avalia, contudo, que há uma “margem muito grande” para novos cortes nos juros do Brasil.

O deputado classifica como “tragédia” a possível queda de 0,25 p.p da Selic na reunião desta semana. “É quase uma coisa de provocação do Banco Central. Se alguém colocar em 0,25 ponto percentual, vai rachar a reunião do Copom”, acrescenta.

O mercado financeiro segue apostando que a Selic terminará 2024 abaixo de 2 dígitos. A última estimativa é de 9,5% ao ano.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) afirma que os juros elevados prejudicam a economia brasileira em geral. “O Banco Central não pode continuar com essa política de segurar a alta de juros. Isso atrapalha os outros indicadores da economia”, declara.

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) defende maiores cortes por avaliar que a inflação está controlada. “O corte deveria ser maior que 0,5 p.p há muito tempo. Nada justifica reduzir ritmos dos cortes. Se isso ocorrer, será péssimo ao desenvolvimento do país”, diz.

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