As atualizações de ações escolhidas pela IA em junho já estão disponíveis.
Veja novidades em Titãs da Tecnologia, com alta de 28,5% no acumulado do ano.
Acessar Ações

Molina investe mais R$ 1 bilhão na Marfrig

Publicado 05.02.2021, 04:31
Atualizado 05.02.2021, 08:23
© Reuters.  Molina investe mais R$ 1 bilhão na Marfrig
USD/BRL
-
LCc1
-
BVSP
-
B3SA3
-
MRFG3
-

O dono da Marfrig (SA:MRFG3), o empresário Marcos Molina, dobrou sua aposta na empresa que fundou, uma das principais produtoras de carne em todo o mundo. Em um ano, desde que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu sua participação na companhia, Molina investiu cerca de R$ 1 bilhão na compra de ações em Bolsa. Com isso, a participação do empresário no frigorífico foi de aproximadamente 34% para perto dos 50%. Como consequência, Molina está muito próximo de voltar ao controle inquestionável da empresa que abriu décadas atrás.

A maior compra até aqui ocorreu no fim de 2019, quando o banco de fomento se desfez de sua participação no frigorífico por meio de uma oferta de ações na B3 (SA:B3SA3). À época, a empresa aproveitou e fez uma operação primária de ações para reforçar seu caixa. Molina abocanhou um pedaço da oferta, desembolsando cerca de R$ 400 milhões. De lá para cá, o movimento continuou. O empresário seguiu com um ritmo mensal de aquisições. Aproveitou, inclusive, para ir às compras quando as ações da empresa despencaram, como todo o mercado, logo no início da pandemia.

Segundo fontes próximas ao executivo, o foco do empresário na compra das ações está exclusivamente na visão de longo prazo em relação ao desempenho do papel, ou seja, na crença é de que há espaço para valorização. Em 12 meses, a ação teve alta de 26%, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou valorização de 3%. Procurado, Molina não comentou.

Ajuste dos ponteiros. Com o endividamento em queda e se aproveitando do bom momento operacional, a Marfrig voltou ao radar dos investidores, que também buscaram na crise maior exposição a empresas exportadoras, que se beneficiam do dólar mais alto.

"As vantagens competitivas da Marfrig derivam da ampla escala de suas operações, do acesso aos mercados de exportação a partir do Brasil e dos EUA e de seu relacionamento de longo prazo com fazendeiros, clientes e distribuidores", diz um relatório de janeiro da agência de classificação de riscos Fitch. O documento continua: "Os fundamentos globais do setor de carne bovina devem permanecer positivos nos próximos dois anos para os produtores da América do Sul e dos EUA, devido ao incremento na demanda e à boa disponibilidade de gado."

Na visão do vice-presidente de finanças e de relações com investidores da Marfrig, Tang David, desde o ano passado a empresa vive um "momento de virada", algo possível com o foco em carne bovina, marcado pela venda da Keystone Foods e pelo aumento da participação na Nacional Beef.

Na companhia norte-americana, a Marfrig detém uma fatia de 82%. Fora, isso, comenta o executivo, no começo do ano passado a empresa afinou sua gestão, o que resultou na eliminação da figura do diretor executivo global, simplificando a estrutura e gerando ganhos de eficiência e mais agilidade na tomada de decisão. Essa mudança ajudou a companhia a atravessar o período de pandemia, segundo David.

O grupo também reduziu seu endividamento por meio de geração de caixa e troca de títulos de dívidas emitidos no exterior. A Marfrig lançou um título de dívida externa no mês passado, para utilizar os recursos para recomprar dívida mais cara.

Como houve uma grande demanda, acabou aumentando o tamanho da emissão, que chegou em US$ 1,5 bilhão. Ao montante, a empresa colocou mais US$ 250 milhões do seu caixa e trocou a dívida por uma mais barata, gerando uma economia da ordem de R$ 1 bilhão. "Vamos continuar diminuindo a dívida bruta com geração de caixa", destaca David.

A Marfrig já tinha conseguido encerrar o terceiro trimestre do ano passado com o menor índice de endividamento da sua história. No período de julho a setembro, ela apresentou uma receita líquida de R$ 16,8 bilhões, sendo 72% proveniente da América do Norte. Lá, a Marfrig está presente por meio da National Beef, que exporta para mais de 30 países e tem capacidade de abate de 13,1 mil cabeças de gado por dia.

LEIA MAIS: Arroba bovina supera R$300 e tem novo recorde, mas desempenho interno da carne preocupa

Molina já deixou clara sua vontade de que as ações da companhia sejam negociadas nos Estados Unidos - uma das alternativas que foram para a mesa para destravar valor. O vice-presidente de finanças da companhia, contudo, diz que a Marfrig não está trabalhando em uma abertura de capital no exterior neste momento. "Mas essa é, sim, uma alternativa para destravar valor. Esse é uma decisão do conselho", destaca.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.