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Terra devastada de Gaza vista de bicicleta após seis meses de guerra

Publicado 04.04.2024, 15:10
Atualizado 04.04.2024, 15:15
© Reuters. Palestinos andam de bicicleta pelas ruínas de casas e edifícios, destruídos durante a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza
31/03/2024
REUTERS/Mahmoud Issa

Por Mahmoud Issa Dawoud Abu Alkas Ahmed Zakot Mohammed Salem

DUBAI (Reuters) - Antes do início da guerra em Gaza, o pequeno enclave administrado pelo grupo militante palestino Hamas era pobre e densamente povoado, mas cheio de vida, com restaurantes, lojas, campos de futebol improvisados, universidades e hospitais.

Seis meses após o início do conflito, cinegrafistas da Reuters percorreram, de bicicleta, as ruas em ruínas para avaliar a destruição deixada pela operação militar israelense que matou mais de 33.000 pessoas em retaliação ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.

A mesma cena se repetiu rua após a outra: pilhas e mais pilhas de escombros em cada lado da faixa, lar de 2,3 milhões de pessoas que não têm remédios, assistência médica ou alimentos em uma crise humanitária cada vez mais profunda.

Muitos vivem em abrigos ou cidades de barracas após se mudarem de uma parte do enclave para outra na tentativa de escapar do incessante bombardeio.

O movimento nas ruas é limitado. Há poucos sinais de vida. Homens passam em uma motocicleta. Um menino empurra um carrinho de mão em uma estrada de terra, passando por prédios destruídos em meio a nuvens de sujeira. Uma mesquita não foi poupada da destruição.

Em outra via, um homem caminha com um saco de farinha no ombro. Os alimentos são escassos em Gaza, onde os palestinos relatam que obter suprimentos é uma luta de vida ou morte, como a que custou a vida de mais de 100 palestinos em fevereiro, quando tentavam receber alimentos de um comboio de ajuda humanitária. Israel afirmou que muitos foram pisoteados até a morte no caos, enquanto autoridades de saúde de Gaza dizem que as tropas israelenses abriram fogo contra a multidão.

FOME IMINENTE

Israel realiza a ofensiva militar em retaliação a um ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e mais de 200 pessoas foram feitas reféns, de acordo com os registros israelenses.

As Nações Unidas alertaram para a iminência de uma crise de fome e reclamaram dos obstáculos para conseguir ajuda e distribuí-la em Gaza. Os Estados Unidos também afirmam que a fome é iminente.

© Reuters. Palestinos andam de bicicleta pelas ruínas de casas e edifícios, destruídos durante a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza
31/03/2024
REUTERS/Mahmoud Issa

Autoridades israelenses dizem que aumentaram o acesso da ajuda a Gaza, que não são responsáveis pelos atrasos e que a entrega do auxílio dentro do enclave é de responsabilidade da ONU e das agências humanitárias. Israel também acusou o Hamas de roubar a ajuda, alegação que o Hamas nega.

Para deixar ainda mais à mostra o caos em Gaza, cidadãos da Austrália, Grã-Bretanha e Polônia estavam entre as sete pessoas que trabalhavam para a World Central Kitchen (WCK), do famoso chef Jose Andres, mortas em um ataque aéreo israelense no centro de Gaza na segunda-feira, disse a ONG.

Por enquanto, os palestinos só podem caminhar pelas ruas repletas de escombros e ver os terrenos baldios crescerem a cada ataque aéreo.

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