10 ações de empresas na B3 que correm risco de falência, de acordo com Z-Score

 | 23.08.2023 15:19

O sucesso nos investimentos em ações depende, na maioria das vezes, de bastante estudo das empresas e os fundamentos dos papéis. Entender como funcionam as empresas, quais suas vantagens e desvantagens competitivas, quem são as concorrentes e como funcionam seus modelos de negócios são alguns dos pontos mais importantes na hora das avaliações. Mas também é preciso compreender o risco de cada empresa.

Há investidores que gostam de apostar no chamado turnaround. É um modelo de investimento mais arriscado, que consiste em comprar ações de empresas que estão mal financeiramente, com cotações baixas, muitas delas até enfrentando recuperação judicial, apostando que elas podem se recuperar em breve. E, consequentemente, ver suas cotações subirem, gerando lucro na venda futura.

E realmente existem empresas que podem estar mal das pernas nas finanças, mas que ainda possuem fundamentos apontando que a virada é possível. Logo, não é qualquer empresa em baixa que vale a pena apostar. É importante entender qual o real nível de risco o investidor está correndo. Para isso, existem métricas que podem ajudar o investidor a entender melhor a situação atual delas.

O Z-Score de Altman/h2

Em 1968, o professor de finanças Edward I. Altman, da escola de negócios da Universidade de Nova York, criou uma fórmula para tentar “prever” o risco de falência de empresas. Chamada de Z-Score, a métrica usa diferentes valores da divulgação de balanços e de receitas das companhias para medir o risco financeiro de cada uma.

A fórmula de Altman alcançou, inicialmente, 72% de precisão em prever a falência dois anos antes de acontecer. Nos 30 anos seguintes, chegou a ter entre 80% e 90% de acerto em prever a falência um ano antes. Dentro da pontuação do Z-Score, a média das empresas que faliram era de -0,25. Já as empresas avaliadas que não faliram tinham média de +4,48 pontos. Em geral, foi estabelecido que empresas com pontuação de 1,8 ou menos estão em risco de fechar. A métrica não é, entretanto, válida para avaliar empresas financeiras (como bancos) por conta de itens diferentes usados nos balanços.