2 ETFs para Investir em Empresas Chinesas e Apostar Contra a Tendência
Investing.com | 28.09.2021 10:22
As autoridades chinesas estão indo para cima das empresas públicas do país. Diversos setores, como comércio eletrônico, jogos online, educação privada, mercado imobiliário e tabaco, estão sofrendo crescente escrutínio regulatório. Com isso, um número maior de ações se desvalorizou significativamente até agora em 2021.
Entre elas, estão empresas bastante acompanhadas e que registram fortes perdas no acumulado do ano (YTD), como:
- Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34) – queda de 36,2% (YTD);
- Baidu (NASDAQ:BIDU) (SA:BIDU34) – queda de 27,9% (YTD);
- Didi Global (NYSE:DIDI) – queda de 41,2% desde sua abertura de capital em junho:
- NetEase (NASDAQ:NTES) (SA:NETE34) – queda de 15,1% (YTD);
- New Oriental Education & Technology (NYSE:EDU) — queda de 89,7% (YTD);
- Nio (NYSE:NIO) – queda de 26,2% (YTD);
- Pinduoduo (NASDAQ:PDD) – queda de 46,4% (YTD);
- Tencent (OTC:TCEHY) – queda de 18,1% (YTD).
Ao mesmo tempo, crescem as preocupações de que a maior incorporadora imobiliária da China, a Evergrande (OTC:EGRNY), pode deixar de honrar uma dívida de US$300 bilhões. O medo de contágio tem contribuído para a recente volatilidade nos mercados globais.
No entanto, apesar de perdas em ações individuais, os índices Shenzhen Composto e Xangai Composto acumulam alta de 3,2% no ano. Com isso, alguns investidores se perguntam se a maioria dos recuos já pode ter se encerrado, pelo menos por enquanto.
Apesar dos vários pontos de interrogação, a China ainda é a segunda maior economia do planeta. Por isso, investidores contra a tendência podem achar que a relação de risco-retorno é favorável. Esses leitores podem querer pesquisar mais sobre os seguintes fundos negociados em bolsa (ETFs):
h2 1. SPDR® S&P® China /h2- Preço atual: US$110,46
- Média de 52 semanas: US$107,16 - 156,29
- Retorno do dividendo (Yield): 1,17%
- Taxa de administração: 0,59% ao ano
O fundo SPDR® S&P China (NYSE:GXC) investe em uma variedade de empresas sediadas na China. O fundo fornece acesso tanto a ações A da China quanto a empresas negociadas nos EUA via Certificados de Depósito Americanos (ADRs).
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O GXC possui 902 participações e rastreia os retornos do índice S&P® China BMI. O fundo começou a ser negociado em março de 2007.
Em termos de alocação subsetorial, consumo discricionário forma a maior parcela, com 27,75%, seguido de serviços de comunicação e financeiro, com 16% e 13,48%, respectivamente. Suas 10 principais ações compreendem cerca de um terço do seu patrimônio líquido de US$1,73 bilhão.
Entre os principais nomes da carteira estão as gigantes do comércio eletrônico Tencent; Alibaba e JD.com (NASDAQ:JD) (SA:JDCO34); a plataforma de entrega de refeições Meituan (OTC:MPNGF); e o China Construction Bank (OTC:CICHF).
Nos últimos 12 meses, o fundo registra queda de cerca de 4,3% e já se desvalorizou mais de 15,5% desde janeiro de 2021. Os múltiplos de preço-lucro e preço-valor contábil são de 11,64x e 1,73x, respectivamente. Os leitores que acreditam que o espaço para mais quedas é limitado podem considerar investir no fundo nos níveis atuais.
h2 2. Global X MSCI China Health Care /h2- Preço atual: US$26,36
- Média de 52 semanas: US$23,09 - 34,29
- Retorno do dividendo (Yield): 0,07%
- Taxa de administração: 0,65% ao ano
De acordo com um relatório da comissão de avaliação econômica e de segurança EUA-China:
“O gasto per capita da China com saúde está aumentando, mas continua abaixo de outras grandes economias. As autoridades chinesas priorizaram a melhoria dos resultados dos serviços de assistência médica, principalmente no Plano China Saudável 2030, em 2016. Mesmo com um plano de saúde público quase universal, os custos privados na China respondem por 28,3% de todas as despesas médicas em 2009, em comparação com 11% nos Estados Unidos”.
As métricas confirmam:
“A expectativa é que o mercado de saúde da China cresça de RMB6 trilhões em 2019 para RMB16 trilhões em 2030. O crescimento da demanda tem sido rápido em razão do envelhecimento da população de alta renda”.
Nosso segundo fundo, o Global X MSCI China Health Care (NYSE:CHIH), fornece acesso ao setor de saúde da China, que está atraindo as atenções dos investidores.
O CHIH possui 91 participações e rastreia os retornos do índice MSCI China. Ele começou a ser negociado em dezembro de 2018 e possui um patrimônio líquido de cerca de US$17,8 milhões
Em termos setoriais, temos, em primeiro lugar, biotecnologia, com 34,38%. Em seguida vêm grandes empresas farmacêuticas, com 27,57%, empresas farmacêuticas menores, com 9,29%, e especialidades médicas, com 8,21%. Os 10 principais nomes compreendem cerca de metade do fundo.
Os destaques da carteira são: a plataforma de tecnologia biológica WuXi Biologics (HK:2269), o grupo de biotecnologia BeiGene (NASDAQ:BGNE) (SA:B1GN34), especializado no tratamento de câncer; CSPC Pharmaceutical (OTC:CHJTF) e Sino Biopharmaceutical (OTC:SBHMY), líderes no setor farmacêutico chinês; e a empresa biofarmacêutica comercial Zai Lab (NASDAQ:ZLAB).
No último ano, o fundo subiu 14,1% e acumula queda de 1,2% em 2021. Consideramos que qualquer correção é uma oportunidade de compra.
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