2020 Foi “O Ano da Pandemia”; 2021 Será “O Ano da Vacina”?

 | 29.01.2021 11:48

O ano da pandemia acabou? Sim, mas a pandemia não. Deve continuar nos afetando por algum tempo ainda. Espero que 2021 seja conhecido como o ano da vacina e que uma volta às condições normais das coisas seja possível o quanto antes.

Mas 2020 foi difícil sob todos os aspectos, e principalmente na área da saúde com os impactos gerados pela pandemia. Muitas pessoas ficaram doentes e morreram. Diversos negócios desapareceram, muitos profissionais perderam seus empregos e por aí vai. Uma lista interminável que afetou cada um de nós de formas e intensidades diferentes.

Na economia, todos acompanhamos a evolução das expectativas ao longo do ano. Após o primeiro choque da elevação do número de casos da Covid-19 e início de programas de isolamento social (mais ou menos intensos), a expectativa era de que estaríamos caminhando para o fim dos tempos, sem qualquer possibilidade de recuperação econômica. Naquele momento (abril/maio 2020) as projeções apontavam para uma queda do PIB mundial em 2020 ao redor de 8%: uma tragédia.

A reação dos governos, aportando expressivos volumes de recursos na economia e o início de uma flexibilização dos programas de isolamento social permitiram a reabertura de grande parte das empresas, principalmente a partir de julho de 2020, fazendo com que ao final do ano as expectativas de crescimento do PIB mundial evoluíssem para uma queda de -4%: “tá ruim, mas tá bão”.

A injeção de vultosos recursos de governos na economia (no Brasil estima-se que essa injeção tenha sido algo como 6% do PIB) trouxe um grande aumento da liquidez mundial e propiciou que todos os países passassem a trabalhar com taxas de juros nas mínimas, inclusive o Brasil, com um patamar próximo de 2% a.a. desde julho de 2020. Este ambiente permitiu a expansão do crédito e fomentou o crescimento de diversas atividades no segundo semestre do ano.

Especificamente no Brasil este cenário beneficiou setores que encerraram o ano com crescimentos expressivos: Agronegócio (juros baixos/câmbio desvalorizado), Commodities Minerais (câmbio desvalorizado), Comércio Eletrônico (mudanças nos hábitos de consumo/juros baixos), Construção Civil (juros baixos/abundância de crédito).

Logicamente que fica uma enorme conta a ser paga no futuro com a elevação das dívidas de todos os governos ao redor do mundo (o Brasil inclusive), com repercussões por muitos anos adiante. Mas esse é um assunto sobre o qual os governantes não querem tratar neste momento, pois envolve corte de gastos, ajustes internos, reformas estruturantes e outros temas que de início são impopulares, mas inescapáveis para o futuro.

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Por fim, no mercado de ações prevaleceu o ambiente de grande liquidez, juros baixos e a crença de que a crise terá um fim em breve. Vimos o número de CPFs cadastrados na B3 (SA:B3SA3) atingir o patamar de 3 milhões, a elevação do volume médio diário de negociação para cerca de R$30 bilhões e a retomada da agenda de aberturas de capital na B3. Foram 27 empresas que, juntas, captaram cerca de R$44 bilhões.

Além disso, também vimos a forte recuperação de fluxo de investidores estrangeiros no último terceiro trimestre revertendo grande parte do que havia saído nos meses anteriores fazendo com que a bolsa fechasse 2020 com alta de 2,92% no ano ou simplesmente 100% de valorização em relação ao patamar dos 60 mil pontos que vigorou em março de 2020, no auge da crise.

Sem dúvidas 2020 foi um ano emocionante e cheio de alternâncias de expectativas. Aguardemos as emoções de 2021.

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