3 Empresas de Tecnologia Castigadas Podem Voltar a Subir Forte nos Próximos Meses
Investing.com | 23.03.2022 15:33
As ações de tecnologia de alto crescimento tiveram um início de ano complicado em 2022. Com as treasuries rendendo mais e os juros em alta, por conta do aperto da política do Fed, as ações de tecnologia que vinham voando alto passaram a ser alvo de forte liquidação.
De modo geral, o aumento dos rendimentos e a expectativa de uma política monetária mais agressiva do Fed tendem a pesar bastante sobre as ações de tecnologia de alto crescimento com valuations esticados, na medida em que ameaça deteriorar o valor dos seus fluxos de caixa no longo prazo. O Nasdaq 100, que rastreia as 100 maiores empresas listadas no Nasdaq Composite, que tem forte peso de tecnologia, acumula queda de 10,2% no ano, ficando abaixo dos retornos tanto do Dow Jones Industrial quanto do S&P 500.
Dito isso, na semana passada, os três principais índices registraram seus maiores ganhos semanais desde novembro de 2020, graças principalmente às ações de crescimento.
Abaixo, destacamos três empresas de tecnologia castigadas que merecem a atenção dos investidores que desejam retornar para o setor. Todas têm espaço de sobra para crescer em seus respectivos segmentos, representando, portanto, ótimas oportunidades de investimento no longo prazo.
h2 1. Snowflake/h2- Desempenho no acumulado do ano: -33,6%
- Recuo desde a máxima histórica: -47,5%
- Capitalização de Mercado US$68,9 bilhões;
A Snowflake (NYSE:SNOW), cujo software de depósito de dados ajuda as empresas a gerenciar e armazenar grandes quantidades de informações, vem enfrentando certa turbulência ultimamente, já que preocupações de que o Fed pretende apertar sua política monetária provocaram a derrocada de várias ações de tecnologia de primeira linha.
As ações da fornecedora de armazenagem e análise de dados na nuvem despencaram até a mínima histórica de US$164,29 em 15 de março e acumulam uma desvalorização de 33,6% no ano, em vista da ampla liquidação no setor de tecnologia. A SNOW fechou o pregão de terça-feira cotada a US$224,96, cerca de 47,5% abaixo do seu pico recorde de US$428,68 tocado em dezembro de 2020. Nos níveis atuais, a empresa de depósito de dados na nuvem sediada em San Mateo, Califórnia, tem uma capitalização de mercado de US$68,9 bilhões.
Abaixe o App
Apesar da recente volatilidade, nossa expectativa é que as ações dessa empresa de software como um serviço (SaaS, na sigla em inglês) se recuperem nas próximas semanas, em razão da robusta demanda de grandes corporações por suas ferramentas de análise e gestão de dados, diante da continuidade do teletrabalho.
A Snowflake, que tem cerca de metade das empresas das Fortune 500 entre seus clientes, divulgou resultados para o 4º tri acima das estimativas de Wall Street em 2 de março. A receita disparou 101,5% ano a ano, para US$383,7 milhões, as maiores vendas trimestrais de toda a história da companhia.
A empresa de SaaS disse que tinha 5944 clientes no fim do 4º tri, uma alta de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. O mais impressionante é que a Snowflake disse que tinha 184 clientes que geravam uma receita anual recorrente de US$1 milhão ou mais, uma incrível alta de 139% em relação aos 77 clientes reportados no mesmo período do ano anterior.
Não é de surpreender que 22 de 29 analistas pesquisados pelo Investing.com classificam a SNOW como “acima da média”, o que implica um upside de 47% em relação aos níveis atuais de US$329,74/ação.
Fonte: Investing.com
h2 2. Etsy/h2- Desempenho no acumulado do ano: -32,3%
- Recuo desde a máxima histórica: -51,8%
- Capitalização de Mercado US$18,8 bilhões
Como os investidores estão cada vez mais se afastando de ações de tecnologia de alto crescimento mais sensíveis às altas de juros, devido aos seus valuations esticados, a Etsy (NASDAQ:ETSY) vem sofrendo bastante nos últimos meses.
Depois de registrar ganhos consideráveis de 301% e 23% em 2020 e 2021, respectivamente, a Etsy, que fornece uma plataforma de e-commerce para produtos artesanais e antigos, viu suas ações caírem 32% no acumulado do ano, por causa de temores de que a alta dos juros desencadeasse um êxodo em relação ao setor de tecnologia.
A ETSY fechou o pregão de ontem a US$148,25, cerca de 52% abaixo do seu pico recorde de US$307,75 tocado em novembro de 2021. Nos níveis atuais, a empresa de varejo eletrônico sediada no Brooklyn, Nova York, possui uma capitalização de mercado de US$18,8 bilhões.
Em nossa visão, as ações da Etsy devem se recuperar em relação à recente liquidação e retomar sua trajetória de alta no curto prazo, com pessoas de todo o mundo cada vez mais recorrendo à sua plataforma de marketplace online em meio ao atual ambiente inflacionário.
Em um sinal do bom desempenho da Etsy nos últimos meses, a empresa divulgou resultados financeiros para o 4º tri que superaram facilmente as estimativas de receita e lucro de Wall Street em 24 de fevereiro.
Entre os destaques no trimestre, podemos citar o número de compradores ativos da Etsy, que cresceu 17,6% ano a ano para 96,3 milhões. A empresa também registrou uma disparada no número de comerciantes em sua plataforma, com o índice de vendedores ativos saltando 72% em relação ao mesmo período do ano passado, para 7,5 milhões.
Além disso, as vendas brutas de mercadorias por vendedor, métrica-chave usada no setor de comércio eletrônico para medir o valor das transações, cresceram 16%, alcançando a máxima histórica de US$136. Não é de surpreender que 14 de 18 analistas pesquisados pelo Investing.com estejam otimistas com a ação da ETSY, prevendo uma valorização de quase 43% nos próximos 12 meses, para US$212,44/ação.
Fonte: Investing.com
h2 3. Unity Software/h2- Desempenho no acumulado do ano: -31,9%
- Recuo desde a máxima histórica: -53,6%
- Capitalização de Mercado US$28,6 bilhões
A Unity Software (NYSE:U) fornece um mecanismo de jogo multiplataforma usado para criar videogames para computadores, dispositivos móveis, consoles e dispositivos de realidade virtual (RV). A empresa, que era uma das “queridinhas” do mercado, também enfrentou um início de ano desafiador em 2022, perdendo seu apelo junto aos investidores.
As ações da empresa de tecnologia sediada em São Francisco, Califórnia, atingiram recentemente seu nível mais baixo desde a sua estreia nas bolsas em setembro de 2020 e já se desvalorizaram 32% até agora no ano, devido ao agressivo “reset” nos esticados valuations de todo o setor de tecnologia.
As ações da U, que fecharam ontem a US$97,40, estão sendo negociadas 54% abaixo do seu pico histórico de US$198,71, tocado em novembro de 2021, o que concede à desenvolvedora de software de animação e design de videogames uma capitalização de mercado de US$28,6 bilhões.
Apesar da recente correção, acreditamos que a Unity pode ser uma boa aposta no futuro, graças em grande parte à forte demanda que a empresa vem registrando por sua plataforma de criação de conteúdos digitais e videogames. A companhia também deve se beneficiar do seu crescente envolvimento no emergente metaverso, que é visto como a versão da próxima geração da internet.
A Unity divulgou excelentes resultados financeiros em seu sexto balanço desde que abriu seu capital em 3 de fevereiro, permitindo-lhe melhorar sua projeção de vendas para todo o ano. A companhia reportou um prejuízo ajustado de US$0,05 por ação, reduzindo bastante o prejuízo de US$0,10 por ação no mesmo período do ano passado. A receita de US$315,8 milhões teve alta de 43% ano a ano, superando as expectativas de vendas de US$295,5 milhões.
O número de clientes que gastam pelo menos US$100.000 na plataforma da Unity subiu para 1052 no 4º tri, uma alta de 33% em relação aos 793 há um ano. Para todo o ano de 2022, a Unity prevê uma receita de cerca de US$1,5 bilhão, o que representa um crescimento anualizado de 35%. Sua expectativa é zerar as perdas ao longo de 2023.
De acordo com o Investing.com, entre os 17 analistas pesquisados, 14 classificavam a U como “acima da média". O preço-alvo médio dos analistas é de cerca de US$154, o que representa um potencial de alta de aproximadamente 58% em relação aos níveis atuais nos próximos 12 meses.
Fonte: Investing.com
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.