A revolução do combustível de aviação sustentável e da fuselagem com asas integradas

 | 14.11.2023 12:36

Em 1919, o capitão John Alcock e o tenente Arthur Whitten Brown fizeram história ao cruzar o Oceano Atlântico sem escalas em um bombardeiro da Primeira Guerra Mundial. A viagem durou cerca de 16 horas e atingiu uma velocidade média de 120 milhas por hora.

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No fim deste mês, outro marco histórico poderá ser alcançado se a Virgin Atlantic, companhia aérea britânica fundada pelo bilionário Richard Branson, conseguir realizar o primeiro voo transatlântico com um jato movido a 100% de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês). A empresa recebeu autorização da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA) na semana passada para voar de Londres para Nova York com o objetivo de testar a viabilidade do uso exclusivo de combustível verde em voos de longa distância.

O futuro promissor do SAF/h2

O SAF é uma alternativa mais limpa ao combustível de jato tradicional, que pode reduzir as emissões de CO₂ em até 80%. O combustível é produzido a partir de diversas fontes, como óleos residuais, gorduras e matérias-primas, que não competem com culturas alimentares ou recursos hídricos, e não causam desmatamento.

O custo de produção do SAF ainda é mais alto do que o do querosene convencional, mas a expectativa é que ele caia à medida que a escala aumente. Um exemplo é a energia solar, que era tão cara que só podia ser usada em satélites, mas em 2020 foi considerada pela Agência Internacional de Energia (IEA) como a “eletricidade mais barata da história”.