A Tempestade Chinesa

 | 19.04.2023 12:19

A presença de marketplaces estrangeiros no Brasil não é novidade pra ninguém. O Mercado Livre (NASDAQ:MELI), por exemplo, nasceu em 1999 na Argentina e no mesmo ano já abriu as portas no Brasil.

Acontece que a presença desses marketplaces nunca foi uma grande ameaça para empresas como Renner, Guararapes (BVMF:GUAR3), C&A e Marisa, afinal, as roupas que você encontra nesses sites estrangeiros não tem nada de muito especial. Elas ficam numa faixa de preço parecida e muitas vezes tem qualidade duvidosa, podendo ser até falsificadas.

Dessa forma, o mais seguro era seguir atualizando o guarda-roupa nas varejistas de moda tradicionais.

Agora novos marketplaces vindos do outro lado do mundo, mais especificamente da Ásia, começaram aparecer por aqui. Eles oferecem diversos produtos a preços bem competitivos, inclusive roupas.

A princípio, eles não eram muito bem vistos. Os sites não são lá muito agradáveis. São bagunçados e chovem pop-ups na cara de quem os visita (alguns chamam até de “camelôs digitais”). Além disso, os pedidos poderiam demorar mais de um mês para chegar. Acontece que, mesmo assim, eles começaram a atrair cada vez mais clientes por conta dos seus baixíssimos preços, qualidade relativamente ok e que caíram no gosto das blogueirinhas brasileiras.