Aberturas Positivas; Foco nas Inflações e Expectativa pela Chegada do Pico

 | 11.05.2022 07:58

A primeira e talvez mais importante leitura da ata da última reunião do COPOM foi a de falta de rumo, pois mais uma vez, o comitê tenta abarcar todos os cenários possíveis para tentar evitar incorrer nos erros mais recentes, como o tal cenário alternativo que era central, baseado em petróleo e câmbio, ambos em franca alta.

O que observamos também nas análises diversas sobre o documento foram leituras desde um comitê cauteloso com o próximo movimento de juros, em meio às altas ainda por se concretizarem na economia, até leituras de que o documento foi hawkish, portanto está longe de sepultar o ciclo de aperto monetário em breve.

Este é um ponto importante, pois da maneira que foi redigida, a ata dá abertura para leituras das mais diversas, inclusive as citadas acima e tenta, novamente, se proteger dos eventos de natureza incomensurável que continuam presentes.

O alívio que espera o COPOM e todas as autoridades monetárias de economias centrais deve ocorrer “naturalmente”, ou seja, sem a necessidade do uso do instrumento de política monetária, pois especialmente às economias centrais, o temor é afetar o crescimento econômico.

Para os EUA, a situação é especialmente difícil, com a queda vertiginosa da popularidade de Joe Biden, após a onda azul das eleições legislativas e seguindo a tendência atual, os democratas podem perder o controle de alguns estados e das duas casas legislativas, esvaindo os planos de “build back better” do presidente.

Aqui, o Bacen não teve o menor problema em avançar fortemente na zona contracionista de juros, porém com efeitos limitados, divididos entre uma inflação de oferta basicamente, que não responde diretamente ao aperto monetário, a não ser que este gere uma recessão em níveis elevados e dada uma certa resiliência cultural do brasileiro ao crédito caro e à inflação elevada.

A busca por este pretenso pico inflacionário vem da leitura dos índices de preços a serem divulgados hoje, o IPCA no Brasil e o CPI nos EUA, diferentes da inflação alemã que registrou 0,8% em abril (7,4% aa) e núcleo de 0,7% (7,8% aa) e da chinesa, acima das projeções, com atacado aos 8% aa (proj. 7,8% aa) e varejo 2,1% aa (proj. 1,8% aa), longe de indicar tal ponto de alta.

A questão é mais complexa que um pretenso pico, pois isso ocorre não somente da leitura de um mês individual, mas da continuidade de dados semanais e mensais de inflação, dando o suporte ao menos por 3 meses de confirmação deste tal pico, afinal, como diz o ditado:

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“Uma andorinha não faz verão”.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por dados de inflação.

Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados por techs, apesar da inflação chinesa.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro, cobre e prata.

O petróleo abre em alta em Londres e Nova York com iminente proibição da UE ao petróleo russo.

O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,21%.
 
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1339 / -0,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,275%
Dólar / Yen : ¥ 129,87 / -0,491%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,430%
Dólar Fut. (1 m) : 5156,80 / -0,44 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,27 % aa (-0,52%)
DI - Janeiro 24: 12,87 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 26: 12,16 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 27: 12,19 % aa (-0,89%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1357% /  103.110 pontos
Dow Jones: -0,2635% /  32.161 pontos
Nasdaq: 0,9844% /  11.738 pontos
 
Nikkei: 0,18% /  26.214 pontos
Hang Seng: 0,97%  /  19.825 pontos
ASX 200: 0,19% /  7.065 pontos
 
ABERTURA
DAX: 0,858% / 13650,82 pontos
CAC 40: 1,620% / 6215,99 pontos
FTSE: 1,012% / 7316,43 pontos
 
Ibov. Fut.: -0,32% / 104152,00 pontos
S&P Fut.: 0,94% / 4034,5 pontos
Nasdaq Fut.: 1,306% / 12488,25 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,41% / 126,37 ptos

Petróleo WTI: 3,04% /  $102,80
Petróleo Brent: 3,08% /  $105,62
 
Ouro: 0,71% /  $1.851,95
Minério de Ferro: 4,16% /‎‎ $131,70
 
Soja: 0,00% / $1.630,00
Milho: 0,86% /  $793,25
Café: -1,11% /  $204,00
Açúcar: 0,05% /  $18,59
 
 
 
 
 
 
  
 

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