Ações da Copel saltam após novo rumor sobre privatização – há oportunidades?

 | 04.11.2022 14:32

Entrou no radar do mercado a possibilidade de uma privatização da Copel (BVMF:CPLE6), empresa paranaense de energia.

No início desta semana, o Governo do Estado do Paraná, controlador da companhia, informou que foram solicitadas ao Conselho de Controle das Empresas Estaduais (CCEE) informações técnicas para estudo de uma “potencial operação no mercado de capitais”.

Embora o documento não tenha deixado claro qual é a operação estudada pelo governo, a reação do mercado foi positiva.

Os papéis da companhia subiam mais de +10% na bolsa após o anúncio do governo do Paraná.

Mas antes de investir pela euforia com o rumor, separamos os tópicos mais importantes para tornar a sua decisão mais prática.

Sobre a Copel/h2

Copel é uma empresa estatal de energia elétrica, controlada pelo Governo do Estado do Paraná. Seus principais negócios são geração, transmissão e distribuição de energia.

A companhia atualmente atua em 10 estados e é a 10ª maior geradora de energia hidráulica do Brasil. O parque de geração da companhia é composto por 81% hidráulica, 13% eólica e 6% térmica.

É importante mencionar que, por mais que a energia térmica seja pequena na maioria das elétricas, ela serve como um backup quando os níveis de reservatórios estão baixos.

Linhas de negócio/h2

Em geração e transmissão, o Ebitda representa cerca de 70% do consolidado da companhia e são mais dependentes de níveis de reservatórios em sua maioria. Além disso, também dependem do ganho de concessões em leilões.

Ao participar de leilões, a companhia busca uma boa rentabilidade na compra e, depois que a estrutura é feita, a RAP, receita anual permitida, entra nos resultados, o que é positivo pela previsibilidade de receita nos anos seguintes.

Os 30% restantes do Ebitda representam o segmento de distribuição, onde a companhia consegue melhores resultados nos reajustes tarifários que o órgão regulador, ANEEL, faz periodicamente. Nesse sentido, reajustes maiores trazem melhores resultados para a companhia.

Histórico de resultados/h2
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Nos últimos 10 anos, o Ebitda da companhia saiu da faixa dos R$ 2 bilhões para os atuais R$ 5,4 bilhões, um crescimento médio composto (CAGR) de 10% ao ano, enquanto o lucro saiu de R$ 1 bilhão para os atuais R$ 2,15 bilhões, um crescimento médio composto na casa dos 7% ao ano.