Ajuste de Final de Mês Mascara Efetivas Tendências e Cria Cenários Díspares!

 | 27.07.2018 09:09

O final do mês enseja muitos embates entre comprados e vendidos no mercado de câmbio e de derivativos em torno do câmbio (dólar futuro, cupom cambial, swaps).

Afinal, muitos apostaram excessivamente na desvalorização do real frente ao dólar, ultrapassando o razoável de volume comprado e agora se vêm na contingência de sair da posição assumida antes que o prejuízo se consolide conscientes de que podem ter errado nas projeções, ao mesmo tempo em que os vendidos forçam a depreciação do dólar para otimizar as probabilidades de ganhos, e isto envolve inúmeros “players” nacionais e estrangeiros no mercado, não podendo ser deixado de lado o próprio BC, que tem um estoque de mais de US$ 67,0 Bi colocados no mercado somente em swaps cambiais.

Como temos expressado, nosso ponto de vista é que o preço da moeda americana tem suporte fundamentado entre R$ 3,80 até R$ 3,95, já precificando todos os fatores ponderáveis no atual momento do Brasil abrangendo situação econômica-política-jurídicas, e o BC tem pleno domínio de que sendo sustentável neste ponto lhe resta observar e só intervir focando a liquidez, quer com oferta de proteção cambial quer com liquidez no mercado à vista.

O Brasil não tem risco de crise cambial.

Fora disto, poderão ocorrer fatores imponderáveis e estes não conseguem ser amenizados pelas intervenções do BC, e poderão conduzir o preço da moeda americana para patamares mais alto ou mais baixo, mas ainda assim sem exacerbações.

Temos destacado a nossa percepção de que teremos um hiato na tomada de decisões mais relevantes por parte dos protagonistas da economia brasileira, pelo menos no próximo trimestre (ago a out), pois o grau de incertezas é altamente relevante no campo sucessório, e o que poderia ser esperado para este ano já está dado, criando um quadro paralisante.

A greve dos caminhoneiros, culpada de quase de tudo que foi revelado pela já fragilizada atividade econômica, vai ficando para trás e acentua a percepção de que o cenário antecedente à greve já era ruim, mas habilmente acobertada, e que o que está por vir pode ser pior.

Não se deve esperar nada mais da atividade econômica, a não ser as revisões ainda mais severas em torno das projeções do PIB e da inflação para este ano, e a criatividade brasileira está sugerindo que se aproprie dos ganhos/lucros (sic) meramente contábeis do BC sobre as reservas cambiais para lastrear a falta de recursos no Tesouro para evitar a quebra da regra de ouro no orçamento de 2019.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Procedimento perigoso, pois pós eleição e dependendo de quem seja eleito e suas diretrizes o preço do dólar poderá ceder, e então, o Tesouro bancará a perda?

Como se pode notar com criatividade o preço elevado do dólar pode ter grande contribuição marginal para o ajuste fiscal das contas governamentais.

O BC seguramente vendeu mais swaps cambiais do que a efetiva necessidade de proteção que havia, fomentou um movimento especulativo que pode ter transformado parte dos swaps cambiais em operações financeiras de renda variável, com a predominância à época da percepção que o preço da moeda americana iria mais alto do que atualmente revela capacidade de atingir, e agora se o preço do dólar cair poderá realizar ganho de variação cambial e ainda receber o juro.

Como se vê, a cada cenário há um interesse pontual de apreciação ou depreciação do preço do dólar para os players do mercado, incluindo o BC, e agregado a este ambiente há toda a ebulição impactante da questão política em torno da sucessão Presidencial.

Percebe-se então que poderão ocorrer movimentos mutantes em torno da taxa cambial, pois há interesses conflitantes.

Afora isto, o mundo está em confronto constante de interesses comerciais detonados a partir da postura do Presidente americano e acordos de acomodação sendo costurados para superar os conflitos, ainda muito prematuros e consubstanciados em entendimentos preliminares não concluídos.

Os Estados Unidos agora se propõe a aceitar um acordo com a União Europeia estabelecendo tarifas zero, mas isto não é tão amistoso quanto parece, já que Trump deve ter percebido que o acordo entre União Europeia e Japão cria um grande bloco, que pode vir a agregar também a China, acabando por isolar os Estados Unidos com toda a sua grandeza, e assim criar perspectivas de médio/longo prazo preocupantes para a economia americana.

Já se coloca uma nova variável nas projeções em torno das decisões do FED e que envolvem a questão em torno da elevação do juro. Há quem fale em achatamento do juro, com os yelds de curto prazo superando o de 10 anos, reproduzindo cenários anteriores precedentes de crises recessivas. Isto é perturbador para os mercados.

E na margem ainda há espaço para algumas ações provocando guerra cambial, ainda com baixa efervescência, mas possível.

O Brasil já tem intempestividades bastante no horizonte com elevado grau de dúvidas e incertezas, que por si só recomenda postura absolutamente defensiva e que, como destacamos indutoras a paralisação de decisões empresariais mais relevantes no próximo trimestre (ago-set-out), e o mundo parece estar com muitos conflitos imprevistos até certo momento atrás, o que torna recomendável que os recursos do mercado global busquem situações com menor risco.

Isto só fortalece nosso ponto de vista de que deverá acentuar-se o movimento de saída de recursos estrangeiros do nosso mercado, e imaginamos que deverá ocorrer a partir de agosto próximo.

É tempo de observar muito e agir pouco se posicionando defensivamente.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações