Alocação de Ativos: a Chave Mestra Para o Sucesso da Sua Carteira

 | 20.07.2021 18:14

Existem alguns princípios que ao conhecermos, acabamos adotando como uma filosofia para a vida. Um dos meus favoritos é o Princípio de Pareto, em homenagem ao economista Vilfredo Pareto.

Esse princípio, também conhecido como regra do 80/20, afirma que, para a maioria dos eventos, 80% dos efeitos decorrem de 20% das causas. Ou seja, a maioria dos resultados (80%) decorre da menor parte dos esforços (20%).

Observo que nos investimentos esse fenômeno se manifesta com muita frequência. A maioria dos investidores acaba gastando seu tempo com distrações, como acompanhar diariamente notícias, pesquisar diferenças tributárias entre os investimentos e querer dominar todos os indicadores fundamentalistas para procurar as “melhores” ações da bolsa.

Não que esses pontos não sejam importantes, mas estão longe de ser os fatores-chave para o sucesso de uma carteira no longo prazo. A chave mestra para 80% do sucesso do investidor é uma ação que talvez demande até menos do que 20% dos seus esforços: uma adequada Alocação de Ativos ou Asset Allocation.

E quando falo em “sucesso”, estou me referindo ao resultado final almejado individualmente por cada investidor, conforme seus objetivos próprios. E somente o planejamento de uma boa alocação de ativos irá aumentar significativamente as chances de o investidor atingir o seu sucesso.

E para identificar a alocação de ativos ideal para cada investidor, é necessário levar em consideração três variáveis que irão definir essa resposta: horizonte de investimento, tolerância ao risco e correlação de ativos.

h2 HORIZONTE DE TEMPO/h2

Você já deve ter ouvido falar que o único ativo escasso que temos não é o dinheiro, nem a saúde, mas sim o tempo. Não há como negar que alguns possuem mais desse ativo do que outros.

Ao desenhar uma estratégia de investimentos, é importante entender qual é o horizonte de tempo que o investidor tem para atingir seus objetivos financeiros. Esse horizonte de tempo irá definir se o investidor pode ser mais conservador ou agressivo em sua estratégia, irá definir qual é a sua capacidade de risco.

Por exemplo: um investidor de 20 anos teoricamente pode ser mais agressivo com seus investimentos, pois pode se dar ao luxo de aguardar caso sua carteira se desvalorize por conta de uma ou mais crises. Ele possui o tempo a seu favor, e uma maior Capacidade de Risco, O foco dele precisa ser Criação de Capital.

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Já um investidor que está prestes a se aposentar não deve tomar um risco elevado em sua carteira, pois já não possui o tempo a seu favor, uma menor Capacidade de Risco. Por isso, seu foco precisa ser mais o de Preservação de Capital.

Lembre-se que para uma queda de 50%, é necessária uma alta de 100% em uma carteira somente para voltar aos patamares anteriores. Alguns investidores têm tempo para esperar, outros não.

Abaixo trago alguns exemplos de alocação de ativos conforme o horizonte de tempo, tanto de vida quanto de objetivos: