Cotações do Café Arábica Avançam em Agosto; Robusta Cai

 | 12.09.2017 16:25

ARÁBICA

As cotações do café arábica avançaram em agosto, impulsionadas pelas altas internacionais no início do mês e pela forte retração vendedora. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor teve média de R$ 458,76/saca de 60 kg em agosto, valorização de 1,5% frente a julho. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos subiram 1,8%, em média. Já o dólar se desvalorizou 1,57% em agosto, fechando com média de R$ 3,150. Apesar do avanço, os valores internos foram pressionados na segunda quinzena do mês, refletindo as fortes desvalorizações externas. Assim, agentes permaneceram afastados do mercado no período e as negociações seguiram travadas até o encerramento do mês. Até o dia 14, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista era de R$ 470,64/saca de 60 kg, patamar nominal similares ao registrado em abril de 2017. No final do mês, porém, o Indicador do arábica retornou à casa dos R$ 450/sc. No comparativo com julho/16, as cotações ainda apresentaram queda de 4,2%. Os menores patamares das cotações de arábica reduziram o poder de compra dos produtores da variedade frente aos adubos utilizados na cultura. Na média das principais regiões de café arábica, o produtor precisou de 6% mais grãos do tipo 6 bebida dura para melhor para adquirir uma tonelada de ureia, um dos principais fertilizantes nitrogenados utilizados nas adubações de cobertura. Mesmo assim, com o encerramento da colheita no País, agentes acreditam que o produtor deva realizar os tratos culturais recomendados.

Com o clima mais seco nas regiões produtoras de arábica na maior parte de agosto, os trabalhos de campo avançaram rapidamente. Com isso, até a última semana do mês, a colheita havia alcançado de 95% a 100% das áreas no Cerrado Mineiro e no Noroeste do Paraná, restando apenas algumas microrregiões mais atrasadas no Paraná, além dos cafés de varrição. Nas regiões da Mogiana, Paulista, Sul de Minas e Zona da Mata, o percentual colhido estava entre 90% e 95%. Na Zona da Mata, especificamente, uma parte dos cafés mais finos produzido nas regiões montanhosas ainda precisava ser colhido.

Apesar do clima mais seco, choveu durante alguns dias no Noroeste do Paraná, em Garça (SP) e em algumas áreas do Sul de Minas, o que favoreceu o desenvolvimento dos botões florais e a indução de uma florada precoce nessas praças. Os eventos foram mais significativos no Noroeste do Paraná e em Garça, onde o volume de chuvas foi maior. Entretanto, com a expectativa de clima mais seco e quente em setembro, o pegamento das flores nessas praças pode ser afetado.

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