Arsenal Limitado para Debelar a Crise. Aberturas Voláteis, com NY Positiva

 | 17.03.2020 07:47

Eis que chegamos ao primeiro dia de reuniões das autoridades monetárias, em meio ao maior desafio a ser enfrentado desde a crise de 2008.

O cenário impõe questões diferentes e soluções ainda mais díspares, devido às características do modelo econômico atual e do cerne da crise.

Após 2008, o problema era ausência total de liquidez em meio ao temor de toxidade dos ativos, em especial os ligados a hipotecas.

A solução veio literalmente do problema, com o Fed injetando liquidez através da ‘limpeza’ do mercado de tais ativos, através da recompra e injeção de recursos na economia, com especial achatamento dos vértices mais longos das curvas de juros, de modo a estimular a economia.

Neste momento, a liquidez não é um problema, aliás ela ainda é resultado em grande parte das ações dos bancos centrais há mais de 10 anos.

Porém, ao impor medidas de contenção humana para evitar a propagação do COVID-19, expõem-se mazelas importantes do atual cenário.

Primeiramente, descortina-se a prisão de liquidez em que o mundo está inserido, ou seja, a solução de 2008/2009 foi boa, mas não teve ‘fim’, ou seja, os governos a utilizaram como uma muleta, muito além de sua vida útil.

Segundo, expôs o nada secreto estado de diversas empresas, com sobrevida estendida exatamente pela forte liquidez e pela força do mercado.

Além disso, o exagero na dose dos programas de liquidez, de alívio quantitativo e de juros baixos ou negativos demonstrou o quão limitado se tornou o arsenal de instrumentos de política monetária desde então.

Para piorar, o arsenal limitado em igualmente limitado efeito na economia, pois as medidas de contenção sanitária são exatamente aquelas que limitam a liquidez ao evitar o transito humano, que no fim se traduz como menor consumo de serviços, bens, turismo e etc.

Muitas empresas e governos, em vista à fragilidade que se fazia oclusa pelo excesso de liquidez da última década terão enorme dificuldade para sobreviver um período curto com recursos beirando à zero.

Por aqui, a dilapidação do espaço fiscal desde a recessão de 2015/16 reduz em muito os instrumentos para debelar os efeitos da crise.

As medidas apresentadas pelo ministério da economia soam positivas, pois exatamente entendem tal limitação, porém são literalmente insuficientes.

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Antecipação do 13º de aposentados, PIS/PASEP transferido ao FGTS, abono em junho, + 1 mi no Bolsa família são medidas críveis de alívio, pois do lado das empresas, o adiamento de pagamento de impostos e FGTS e somente R$ 5 bi de crédito às MPEs soam paliativos.

É o caso de um decreto de calamidade pública, com as medidas citadas aqui ontem.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a volatilidade intensa dos ativos em meio à crise.

Na Ásia, dia positivo, com destaque para as bolsas na Austrália.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.

O petróleo abre sem rumo, à espera de uma reação dos mercados.

O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,95%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0013 / 3,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,733%
Dólar / Yen : ¥ 106,80 / -0,704%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,807%
Dólar Fut. (1 m) : 5016,06 / 3,57 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,92 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,93 % aa (-3,42%)
DI - Janeiro 25: 7,08 % aa (-1,26%)
DI - Janeiro 27: 7,80 % aa (-0,64%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -13,9214% / 71.168 pontos
Dow Jones: -12,9265% / 20.189 pontos
Nasdaq: -12,3212% / 6.905 pontos

Nikkei: 0,06% / 17.012 pontos
Hang Seng: 0,87% / 23.264 pontos
ASX 200: 5,83% / 5.293 pontos

ABERTURA
DAX: -0,767% / 8679,44 pontos
CAC 40: -0,476% / 3863,00 pontos
FTSE: -1,918% / 5052,30 pontos

Ibov. Fut.: -14,88% / 70376,00 pontos
S&P Fut.: -10,375% / 2416,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,956% / 7208,50 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,24% / 62,42 ptos

Petróleo WTI: 1,36% / $29,16
Petróleo Brent: -1,16% / $29,96

Ouro: -2,77% / $1.474,11
Minério de Ferro: -0,16% / $89,99

Soja: 1,03% / $829,00
Milho: 0,21% / $355,50 $355,50
Café: -0,87% / $103,00
Açúcar: -0,18% / $11,04


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