As ações mais vendidas a descoberto na B3

 | 24.03.2023 13:26

Investidores aproveitam o mercado em queda livre

Uma das operações mais controversas para o investidor recém-chegado à Bolsa de Valores é a operação de venda a descoberto (short).

Ao operar vendido, você ganha com a queda da cotação do ativo, o que aumenta as chances dos investidores darem atenção a isso em mercados de baixa (bear market).

Segundo um levantamento feito pela XP Investimentos (BVMF:XPBR31), as cinco empresas mais “shorteadas” com relação ao percentual das ações que estão em livre circulação e negociação na Bolsa de Valores (float) são Recrusul (BVMF:RCSL3), Movida (BVMF:MOVI3), Eztec (BVMF:EZTC3), MRV (BVMF:MRVE3) e 3R Petroleum (BVMF:RRRP3).

Setores mais sensíveis aos juros são os favoritos para os ganhos com as quedas.

Mas quando o mercado vira de forma inesperada, quais são os riscos dessa posição?

Cuidado para não ser “squeezado”/h1

O que alguns investidores ignoram (além dos custos da operação) são os riscos associados a ela.

Os ganhos do short são limitados (a ação pode ir a zero e você surfar isso), mas as perdas são ilimitadas.

A corretora exige uma garantia que fica “travada” para assegurar que ela não fique com prejuízo caso o mercado suba rápido demais e o investidor precise zerar a posição.

O tal do “short squeeze” é mais comum do que parece, e ele pode acontecer em dois momentos: (i) pressão compradora forte ou (ii) incapacidade de investidores alugarem suas ações e precisarem recomprá-las, gerando pressão nas cotações.

Já presenciamos short squeezes memoráveis com IRB (BVMF:IRBR3) à lá GameStop (NYSE:GME) e mais recentemente com as ações de Gafisa (BVMF:GFSA3).