Até Bolsonaro veio ver de perto: o novo arcabouço fiscal e seu impacto

 | 31.03.2023 14:50

Alguma regra é melhor que nenhuma regra e é bem provável que a curva de juros ceda com a redução da incerteza fiscal, melhorando os mercados.

Antes mesmo do início da apresentação, o dólar caia e as ações brasileiras subiam.

Isso tende a se manter se o arcabouço for aprovado e o mercado decidir acreditar na sua execução.

Caso tenhamos sucesso na implementação, podemos ter redução da taxa de juros antecipada e maior, levando a alta nas ações e ativos de risco.

Mais um grande dia para o Brasil: Um divisor de águas/h2

No dia da volta do Bolsonaro após longa temporada nos EUA (em avião pintado de Harry Potter), o novo governo apresentou o que, para mim, pode ser o maior divisor de águas do mandato:

Se aprovado pelo Congresso, o novo arcabouço vai substituir o teto de gastos, que já estava muito esburacado, uma vez que desde 2017 foi furado em praticamente todos os anos de sua existência.

O novo arcabouço fiscal, que mostra o compromisso fiscal do governo petista e pauta as decisões de juros do Banco Central.

 

Vamos as novidades apresentadas!

Principais resultados estimados do novo arcabouço/h2

O novo arcabouço opera com uma banda de resultado primário (diferença da arrecadação e gasto sem considerar juros da dívida) entre 0,6% a 2,5% ao ano, conforme a imagem

O cenário base, a linha grossa no gráfico, é de déficit zero em 2024, superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026.