Até Outubro, Ainda Temos uns 4 Anos

 | 25.07.2018 09:17

Estamos vivendo sem dúvida o ano mais importante da nossa democracia. 2018 pode ficar para história como o ano em que os brasileiros decidiram escolher o caminho correto das reformas econômicas e do liberalismo ou então mostrar que a maior crise da história não nos ensinou nada - e mais uma vez o país vai escolher a saída mais fácil com as soluções irresponsáveis que têm apenas efeito no curto prazo e que levam o país ao caos no longo prazo.

Os cenários macro e político historicamente sempre foram muito importantes para quem investe no Brasil. Entretanto, nos últimos anos, o cenário político tem se destacado e ganhado relevância de uma forma sem precedentes.

Desde quando comecei a trabalhar no mercado financeiro, em 2009, tenho uma forte recordação de 2014. Foi naquele ano que olhar para o resultado eleitoral começou a ser mais importante do que o próprio fundamento das empresas – afinal, era difícil de imaginar algo minimamente saudável para as empresas por conta do risco de insolvência.

Pois bem. No período pré-eleições em 2014, eu tinha a visão de que tudo seria resolvido após o resultado do segundo turno - fosse para o bem ou para o mal. A realidade foi um pouco mais dura do que eu acreditava, e a importância do macro aumenta com o passar do tempo.

E cá estamos nós em 2018, o ano mais binário das últimas décadas... A distribuição de probabilidade do futuro do Brasil é bem incerta e está distribuída em um possível presidente reformista, uma esquerda que é ainda mais heterodoxa do que as anteriores (aquela mesma que levou o Brasil para seu pior momento de crise da história), ou até mesmo com a presença dos militares.

Nesse cenário, o investidor deve ter uma certeza: a volatilidade vai estar sempre presente. Não temos oficialmente todos os candidatos, mas os fortes movimentos já se iniciaram. Com as primeiras pesquisas de intenção realizadas em maio, o índice Ibovespa caiu quase 20% entre meados de maio e junho como consequência de pesquisas apontando os candidatos reformistas fora do segundo turno. No entanto, as recentes conquistas dos candidatos de centro voltaram a impulsionar a Bolsa, que já sobe mais de 12% nos últimos 30 dias.

Na minha visão, isso é só a introdução do que vai acontecer nos próximos 4 meses, afinal o Brasil não é para amadores. Rebeliões, queda de aviões e muitas artimanhas que nem a mente maquiavélica do diretor de “House of Cards” imaginaria poderão ser vistas neste período eleitoral.

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Até outubro, ainda teremos uns 4 anos pela frente no Brasil...

Boa noite e boa sorte!

Rafael Bevilacqua

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