Atrás da Tecnologia Só Não Vai Quem Já Morreu; Há Oportunidades no Brasil?

 | 07.08.2020 08:07

2020 é um ano que entra para a história, dentre outros aspectos relevantes, por mostrar que migrações para o mundo digital não puderam mais ser adiadas. É possível que você conheça algum setor que ainda esteja fora das redes ou totalmente sem contato com elas – nem que seja por um aplicativo de mensagens -, mas se já era algo um pouco difícil de acontecer no começo do ano, agora então é bem mais raro.

Essa mudança ocorre por algo que todos nós que vivemos esse ano já sabemos, mas quem ler este artigo no futuro poderá não se lembrar com exatidão: a pandemia provocada pelo novo coronavírus nos fez adiantar o calendário da digitalização dos negócios porque o presencial simplesmente deixou de ser possível por um tempo. Levando em conta que no Brasil movimentos como quarentena ou algo parecido vêm ocorrendo desde março, literalmente quem não fez nenhuma adaptação tem altas chances de ter quebrado ou estar nesse triste caminho.

Existem diversas maneiras de digitalizar negócios, é verdade. Mas, provavelmente, todas elas passam por alguma das Big Techs: Facebook, Amazon (NASDAQ:AMZN), Apple (NASDAQ:AAPL), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Google (ou, como são conhecidas, as FAAMGs). Isso se reflete diretamente no fato de que essas empresas hoje têm resultados expressivos nos mercados financeiros, mesmo diante da maior crise mundial desde 1929.

O agregado impressiona

O índice S&P500 lista 500 ativos/empresas das bolsas de Nova York por seu tamanho e liquidez. Neste ano, o mês de março representou um enorme tombo para todos eles, como já se sabe. Porém, impressiona o ritmo de recuperação das FAAMGs logo em seguida: as cinco empresas sozinhas tiveram, até junho/julho, 35% de retorno anual, enquanto no mesmo período as outras 495 do índice perderam 5%: