Recuperação do Brasil Puxará Siderúrgicas; Uma Ação Pode Subir Antes

 | 03.05.2016 09:00

Depois de um péssimo 2015 nas bolsas, as siderurgias mostraram força esse ano para recuperar parte do prejuízo – ou multiplicar o capital daqueles que estão entrando agora.

Neste ano, a Usiminas (SA:USIM5) já garantiu rendimento de 196% ao investidor que comprou a ação no primeiro pregão, resultado só inferior ao da CSN (+223%), cujos acionistas travam uma batalha societária pelo controle da primeira. A Gerdau (SA:GGBR4) rendeu 70% e a Metalúrgica Gerdau, +63%

Essa primeira onda de recuperação de preços dos papéis foi sustentada pela oferta e demanda de aço, o que fez com que a cotação do tivesse expressiva valorização. Na opinião de corretores o que acontece, de fato, é uma “correção técnica”, depois do exagero das baixas.

Apesar dos números fortes, a Usiminas, por exemplo, ainda está cotada a um valor 50% menor do valor em primeiro de janeiro de 2015. A Metalúrgica Gerdau é vendida a um quarto de seu valor do início do ano passado, enquanto a Gerdau ainda está 18% abaixo do que em igual período. A CSN já superou esse patamar, pois sua grande derrocada nas bolsas ocorreu em 2014.

Para que ocorra uma segunda onda de altas e, assim, recuperar os preços para os patamares anteriores a 2015, é preciso a contribuição da economia brasileira, pois não há fundamentos indicando a melhora do quadro geral do setor com o estoque “monstruoso” da China, alimentado desde a crise internacional de 2008.

Soma-se a isso a frustração do desenvolvimento previsto para o país asiático, que cresce cada vez menos, e ainda os discutidos subsídios às indústrias siderúrgicas estatais.

Onde investir então?

Se a desaceleração da indústria nacional e da China prejudicaram as empresas, o dólar pode dar boas alegrias para os investidores das empresas. Para o analista Flávio Conde da consultoria WhatsCall vale a pena investir em Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4). “É uma boa ação. A empresa tem parte dos negócios em operações nos Estados Unidos, que são favorecidas pelo câmbio”, afirma.