BDRs líquidos: Saiba quais são os melhores e os piores em 2023
Carlos Heitor Campani, Ph.D., CNPI | 22.06.2023 06:00
Olá, pessoal! Hoje compartilho com vocês compilação que preparei considerando os 126 BDRs mais líquidos da B3 (BVMF:B3SA3), tendo como critério o fato deles terem sido negociados em todos os dias úteis do ano. A compilação foca neste ano e fui até o fechamento da última segunda-feira (19 de junho). Os dados foram gentilmente cedidos pela plataforma Quantum Finance. Meus objetivos são (i) apresentar um panorama do mercado de BDRs líquidos em 2023 até aqui e (ii) possivelmente colocar no seu radar uma classe de investimento que pode estar despercebida.
Para calcular a rentabilidade de cada papel, utilizo retornos totais, ou seja, que incorporam eventuais dividendos, JSCP, splits, bonificações etc. para garantir que teria sido a rentabilidade efetivamente recebida por quem investe no papel deste o início do ano. Com isso, algumas das rentabilidades apresentadas a seguir podem não ser exatamente iguais à variação da cotação do papel no período em tela. Apresentarei também a volatilidade de cada BDR, calculada como o desvio-padrão amostral dos retornos diários em 2023, anualizada pelo fator da raiz quadrada de 252.
QUAIS OS 40 BDRs QUE RENDEM MAIS DE 15% NO ANO?/h2
Segue a lista compilada abaixo. Dos 126 papéis considerados, 40 deles rendiam mais do que 15% no ano até a última segunda-feira.
Note que dois BDRs mais do que dobraram de valor em 2023: NVDC34 (Nvidia) e M1TA34 (Meta). Logo a seguir, três papéis de empresas bastante conhecidas: TSLA34 (BVMF:TSLA34) (Tesla (NASDAQ:TSLA)), S1PO34 (Spotyfy) e a brasileira NUBR33 (Nubank (BVMF:NUBR33)). Alguns podem se perguntar por que a Nubank negocia na B3 como um BDR se a empresa é brasileira: isso se explica porque ela optou por abrir seu capital lá fora, de modo que aqui no Brasil ela é como um papel lá de fora e, portanto, representado por um BDR. Essa estratégia é comum e há vários casos de empresas brasileiras que optaram por abrir capital lá fora (outros exemplos que aparecem na lista acima são os BDRs da XP – XPBR31 (BVMF:XPBR31), do Banco Inter (BVMF:BIDI4) – INBR32, da GP Investimentos – GPIV33 (BVMF:GPIV33). e da Stone (NASDAQ:STNE) – STOC31).
Você poderá descobrir acima muitos papéis que representam ações de empresas bem conhecidas por aqui. Tem Adobe (ADBE34), Intel (NASDAQ:INTC) (ITLC34 (BVMF:ITLC34)), Apple (NASDAQ:AAPL) (AAPL34 (BVMF:AAPL34)), Microsoft (NASDAQ:MSFT) (MSFT34 (BVMF:MSFT34)), AirBNB (AIRB34 (BVMF:AIRB34)), Netflix (NASDAQ:NFLX) (NFLX34 (BVMF:NFLX34)) e muitas outras.
QUAIS OS BDRs LÍQUIDOS QUE MAIS DESTRUÍRAM VALOR NO ANO?/h2
Do total de 126 BDRs analisados, precisamente a metade (63) estava no vermelho em 2023 no fechamento de segunda-feira. Compartilho abaixo a lista dos 40 BDRs que mais destruíram valor neste ano.
É sempre muito importante ressaltar que as listas acima não representam, de nenhuma forma, sugestão de investimento. Entendo que uma decisão de investimento precisa vir sempre acompanhada de uma análise bem mais completa e cuja decisão dependerá fundamentalmente do investidor. Jamais invista no escuro! Faça suas próprias análises e forme uma opinião própria e consistente antes de investir em qualquer papel. Meu intuito aqui foi contribuir com suas análises e, como falei no início, dar visibilidade a uma classe de ativos nem sempre utilizada por investidores brasileiros.
Forte e respeitoso abraço a cada um de vocês.
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* Carlos Heitor Campani é PhD em Finanças, Pesquisador da Cátedra Brasilprev em Previdência e da ENS – Escola de Negócios e Seguros, Diretor Acadêmico da iluminus – Academia de Finanças e Sócio-Fundador da CHC Treinamento e Consultoria. Ele pode ser encontrado em www.carlosheitorcampani.com e nas redes sociais: @carlosheitorcampani. Esta coluna sai a cada duas semanas, sempre na quinta-feira.
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