Boeing: 3 Estratégias de Investimento nessa Gigante Aeroespacial

 | 23.07.2021 13:08

Publicado originalmente em inglês em 22/07/2021h2 Resumo/h2

  • Em razão da importância da empresa para a economia dos EUA, as ações da Boeing chamam muita atenção dos investidores.
  • Os papéis da BA acumulam alta de 3,2% até agora em 2021, mas estão 20% abaixo das máximas de março.
  • Os últimos três anos foram turbulentos para a Boeing, e o caminho de recuperação dos preços deve ser cheio de altos e baixos.

As ações da gigante da aviação Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34)acumulam alta de 3,2% até agora no ano. Para fins de comparação, o índice Dow Jones Industrial subiu 12,8 no mesmo período.

Não faltam boas razões para ter em carteira as ações dessa empresa sediada em Chicago: ela é a maior companhia do setor de defesa e aeroespacial do mundo e tem uma capitalização de mercado de US$121 bilhões. Depois da Lockheed Martin (NYSE:LMT) (SA:LMTB34), ela é a segunda maior prestadora de serviços do Departamento de Defesa dos EUA.

No entanto, a Boeing vem enfrentando dificuldades por problemas de produção e baixa demanda no mercado de aviões comerciais. Em 2018 e 2019, seu segmento comercial foi duramente impactado por dois acidentes fatais envolvendo o modelo 737 MAX. Em seguida, veio a pandemia, que fez cair significativamente a demanda por viagens e, consequentemente, aviões comerciais.

Mesmo assim, os aviões comerciais não são seu segmento principal. Os três segmentos que mais contribuem para as receitas da Boeing são:

  • Aviões comerciais (cerca de 28,1%);
  • Defesa, espaço e segurança (cerca de 47,2%);
  • Serviços globais (cerca de 24,7%). Esse segmento tem como foco a “logística de cadeia de fornecimento e suporte de treinamento”.

Na aviação comercial, seu rival holandês Airbus Group (PA:AIR), (OTC:EADSY) tornou-se um grande concorrente nos anos 1990, quando lançou produtos como A330 e A340. Antes da Airbus atingir uma estatura similar à da Boeing, a empresa americana detinha o monopólio do setor, embora as duas companhias atualmente formem uma espécie de duopólio.

A gerência da Boeing divulgará seu balanço do 2º tri no dia 28 de julho, antes da abertura do mercado. Nossa expectativa é que seus papéis fiquem voláteis até lá. Mas os investidores com um horizonte de investimento de dois a três anos podem considerar um aporte na BA em uma faixa de preços entre US$190-200. O papel fechou o pregão de ontem negociado a US$222,54.

h2 Perspectiva de curto prazo para a BA/h2
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As viagens aéreas vêm aumentando desde o início da vacinação, principalmente nos EUA. De acordo com as métricas anunciadas pelo TSA, departamento de segurança de transportes dos EUA, o volume de passageiros nos aeroportos foi de 2.141.429. Para fins de comparação, há um ano, esse número era de 695.330. Em 2019, foi de 2.635.312.

No entanto, a expectativa é que a demanda de passageiros continue fraca pelo resto do ano. As métricas divulgadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e Tourism Economics destacam:

“Em 2021, os números globais de passageiros devem se recuperar para 52% dos níveis pré-Covid-19 (2019). Em 2022, os números globais de passageiros devem se recuperar para 88% dos níveis pré-Covid-19”.

Ao final de abril, a Boeing divulgou seu balanço do 1º tri. A receita total foi de US$15,2 bilhões, um declínio de 10% ano a ano (YoY). Os números de cada segmento foram:

  • Aviões comerciais (receita de US$4,27 bilhões, queda de 31%);
  • Defesa, espaço e segurança (receita de US$7,18 bilhões, alta de 19% YoY);
  • Serviços globais (receita de US$3,75 bilhões, queda de 19%).

O prejuízo líquido de US$561 milhões representou o sexto mês consecutivo em que a Boeing fechou o caixa no vermelho. A empresa perdeu US$1,53 por ação em bases ajustadas. Há um ano, o prejuízo foi de US$1,70.

Durante a teleconferência de resultados, ao se referir ao programa 737, o CEO David Calhoun disse:

“Desde a proibição de voo determinada pela FAA no ano passado, mais de 165 países já aprovaram a retomada das operações do 737 MAX”.

Contudo, é preciso lembrar que o órgão regulador do setor de aviação na China ainda não aprovou o retorno do MAX para o céu. O país é um mercado crucial para a Boeing.

De fato, de acordo com a CNN Business, “em 2015, a China foi o maior mercado de exportação da Boeing, e foi o terceiro maior em 2016. Mas a companhia não vendeu nenhum avião de passageiros ao país asiático nos últimos dois anos.”

Em outras palavras, as operações fracas da Boeing precisam do mercado chinês para decolarem com sucesso. Por isso, quando a empresa divulgar seus resultados na próxima semana, os investidores desejam ver atualizações favoráveis da gerência.

h2 Volatilidade de preços/h2

Nos últimos 12 meses, as ações da BA entregaram um retorno de cerca de 22,9%. Nas últimas 52 semanas, sua faixa de preços oscilou de US$141,58 (30 de outubro de 2020) a US$278,57 (15 de março de 2021).