Boeing Não Conseguiu Convencer o Mercado em seu Último Balanço

 | 29.10.2021 08:39

Nos últimos três anos, a gigante do setor de aviação e defesa Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) vem trilhando um longo caminho de recuperação, depois que a sua credibilidade foi duramente abalada. O último balanço da companhia, divulgado na quarta-feira, mostra que ainda há obstáculos atrapalhando essa gigante industrial americana de finalmente superar todos os seus problemas.

Apesar do aumento da procura por seu 737 MAX e aviões de carga, a Boeing disse aos investidores, em sua última teleconferência, que sofreu um prejuízo trimestral, principalmente devido a problemas de produção do 787 Dreamliner. E a notícia veio apesar de a Boeing ter vendido mais aviões comerciais do que seu rival Airbus Group (PA:AIR) (OTC:EADSY) neste ano.

O prejuízo ajustado da companhia foi de US$0,60 por ação, sobre uma receita de US$15,3 bilhões, ambos os números abaixo das expectativas. Embora a fabricante de aviões sediada em Chicago tenha queimado muito menos caixa do que Wall Street esperava, o número foi alçado por um reembolso tributário de US$1,3 bilhão durante o trimestre.

O principal revés nos resultados veio de um encargo contabilístico de US$185 milhões pelo último atraso da aeronave Starliner, além de US$183 milhões em custos com os problemas de produção do 787 Dreamliner. A fabricante espera gastar cerca de US$1 bilhão no total em problemas com o emblemático avião comercial de fuselagem larga.

O CEO da Boeing, David Calhoun, disse o seguinte sobre os resultados:

“Estamos atingindo a estabilidade em todas as nossas operações. A demanda do mercado comercial continua ganhando tração, com a ampla distribuição de vacinas e início da abertura de protocolos fronteiriços. Daqui para frente, a capacidade da cadeia de fornecimento e o comércio global serão os principais vetores da nossa indústria e da recuperação maior da economia”.

Os investidores, no entanto, não estão convencidos de que a companhia superará rapidamente seus problemas, que se iniciaram após dois acidentes fatais envolvendo modelos 737 MAX no período de seis meses.

h2 Desempenho das ações da BA ainda deixa a desejar/h2

Apesar do forte repique desde o colapso do mercado em março de 2020, os papéis da BA registram queda de 4% neste ano, ficando bastante aquém do índice Dow Jones Industrial, que disparou cerca de 16% nesse período. As ações da empresa fecharam a US$207,79 ontem e ainda estão 50% abaixo da máxima histórica tocada no início de 2019.

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