Boi gordo: fome de negócio da China

 | 30.03.2023 16:48

A notícia mais esperada do mercado do boi gordo veio (até que enfim) até mesmo antes da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e com habilitação de plantas frigoríficas que antes não estavam aptas (como Rondônia, Espírito Santo e Paraná).

Por que será que isso ocorreu?

A China é uma civilização milenar, com tradições e dá peso em relação aos ritos para os acordos comerciais. 

Para explicar esse questionamento temos que dar um passo atrás. Que o caso do mal da vaca  louca detectado era atípico e não representava nenhum risco para o setor já era sabido praticamente uma semana depois do ocorrido. 

O ponto é que neste momento, a China está no contrapé da política econômica da maioria dos países, principalmente quando comparado com EUA e Europa. Enquanto os americanos e europeus estão “correndo atrás” da inflação, o que impacta o ritmo da economia, a China vive uma fase de expansão. 

Expansão esta que fez o PMI industrial daquele país (índice de atividade industrial) atingir o maior patamar dos últimos 10 anos em fevereiro. Esse indicador da “temperatura” das fábricas, serviços teve uma recuperação forte no mês anterior, deixando pra trás o impacto da covid-19 após a reabertura do país. 

Em resumo, é mais dinheiro circulando naquele país, possivelmente mais pessoas empregadas e com renda disponível para o consumo. Além disto, a China tem incentivado o turismo interno, o que reforça a tese de demanda por serviços e alimentos por lá. 

Olhando para o mercado físico no Brasil

Os preços da arroba do boi gordo ganharam tração nos últimos dias. Mais frigoríficos, principalmente os exportadores, voltaram a negociar com preços na “banda de cima”. Neste sentido, tentativas de compra entre R$295,00 e R$300,0/@, em São Paulo. 

As escalas de abate que andavam tímidas, com a indústria comprando “da mão para a boca” devido a incerteza da ponta final tiveram uma mudança relevante. Com o aumento do apetite do exportador e margens relativamente atrativas, boa parte dos frigoríficos tenta compor as escalas de abate que giram ao redor do dia 14/abril. 

Recentemente, o noticiário tem veiculado que uma nova comissão brasileira deve ir para o país asiático em 11/abril. Olhando para os dados da economia chinesa e a “fome de negócio da China” da indústria brasileira diria que depois da tempestade vem a bonança. Aliás, o tumulto desse caso atípico foi tão rápido, que chamaria mais de chuvisco ou garoa.  

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