Boi: Preços do Boi Gordo Finalizaram o Primeiro Quadrimestre de 2018 Enfraquecidos

 | 21.05.2018 16:06

BOI: Os preços do boi gordo finalizaram o primeiro quadrimestre de 2018 enfraquecidos. Considerando-se as médias mensais, o Indicador do boi ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo, à vista) caiu 3,56% na parcial deste ano. O valor médio de abril, de R$ 143,16, especificamente, foi o menor desde agosto de 2017, quando a arroba era negociada a R$ 138,52, em termos reais – valores foram deflacionados pelo IGP-DI de março/18.

Em 2017, a arroba do boi gordo também se desvalorizou no primeiro quadrimestre e de forma ainda mais intensa que neste ano – a queda foi de 7,33%. Vale lembrar, no entanto, que os valores do boi gordo caíram com força em março do ano passado, influenciados pelos desdobramentos da Operação “Carne Fraca” no setor pecuário. Já quanto aos anos anteriores, verificam-se altas no acumulado do primeiro quadrimestre, de 3,9% em 2016, de 1% em 2015, de 6,85% em 2014 e de 3% em 2013 – todas as variações tiveram como base as médias reais.

CARNE: Para a carcaça casada de boi, o acumulado parcial deste ano registra 6,3% de queda, com a média de abril, de R$ 9,55/kg, sendo a menor desde setembro de 2016, em termos reais. A pressão veio, especialmente, do fraco ritmo das vendas da carne no mercado brasileiro, visto que a oferta de boi gordo para abate não foi elevada. Muitos agentes do setor afirmaram que ainda não sentiram a recuperação da economia esperada para o Brasil neste ano. No primeiro quadrimestre de 2017, a carcaça casada do boi se manteve estável, enquanto em 2016 caiu 2%.

EXPORTAÇÃO: De acordo com dados da Secex, os embarques de carne bovina in natura brasileira somaram apenas 70,1 mil toneladas em abril, volume 42% inferior ao de março/18 e 0,15% abaixo do de abril/17. A valorização de quase 4% do dólar frente ao Real de março para abril amenizou as perdas no mês, visto que eleva a receita em moeda nacional.

REPOSIÇÃO: Considerando-se as médias mensais, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (estado do Mato Grosso do Sul, à vista) ficou praticamente estável no acumulado deste ano. Já a média do bezerro SP teve queda de 2%.