Investing.com | 25.03.2024 13:41
O S&P 500 apresentou um aumento de +9,7% nos primeiros 56 dias úteis de 2024, marcando o 15º melhor começo de ano desde 1928.
Segue uma análise desses anos e os ganhos correspondentes nos primeiros 56 dias:
Interessante notar que, desses 14 anos, em 11 ocasiões o S&P 500 continuou a acumular ganhos após o excelente início.
Somente nos anos de 1930, 1931 e 1987 observou-se um cenário diferente. Nos demais anos, houve uma significativa valorização, com incrementos desde o menor em +2,4% (2012) e +4,3% (1986) até o mais expressivo em +15,4% (2019) e +14,8% (1936).
Isso nos conduz à questão de se estamos ou não diante de uma bolha especulativa, um questionamento comum entre muitos investidores.
Em particular, a preocupação gira em torno das "7 Magníficas" (Apple (NASDAQ:AAPL), Microsoft (NASDAQ:MSFT), Meta (NASDAQ:META), Amazon (NASDAQ:AMZN), Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Nvidia (NASDAQ:NVDA) e Tesla (NASDAQ:TSLA)).
Antes de mergulharmos nesse debate, é crucial entender o que caracteriza uma bolha especulativa e revisitar alguns exemplos históricos. Em seguida, abordaremos diretamente a questão.
Uma bolha especulativa ocorre quando os preços no mercado sobem de forma significativa e acelerada, ultrapassando o valor intrínseco do mercado. Isso não significa que o aumento dos preços seja injustificado, mas indica uma ascensão excepcionalmente rápida.
Quando a demanda robusta se esvai de repente, geralmente resulta no estouro da bolha, com os preços caindo vertiginosamente (com a mesma intensidade da subida), frequentemente anulando todos os ganhos acumulados.
As bolhas são alimentadas pela falsa percepção de que os preços sempre subirão, uma crença irracional que leva os investidores a realizar compras cada vez mais arriscadas que não considerariam sob circunstâncias normais.
Dentre as bolhas mais famosas, temos:
Por outro lado, quando olhamos para as 7 Magníficas hoje, observamos que essas empresas estão gerando lucros significativos. Com isso, a alta demanda por suas ações é compreensível, dada a forte performance corporativa.
Outro aspecto que reflete a realidade atual é a Relação Preço/Lucro (P/L). Durante a bolha da tecnologia, muitas empresas apresentavam índices P/L de 100 ou mais.
Em contraste, hoje, a relação P/L de 12 meses para o S&P 500 está em 26. Além disso, a média de 5 anos é 23, e a média de 10 anos é 21. Isso indica que, embora o S&P 500 esteja um pouco mais caro do que o usual, está longe de estar em uma bolha.
Acabamos de constatar que, embora o mercado não esteja em uma bolha especulativa, isso não elimina a preocupação de muitos investidores em adquirir ativos em um patamar elevado.
Não há problema, para cada situação existe uma estratégia. Adotar uma postura defensiva é uma solução viável. Eis um método tradicional para tal:
Considere aplicar recursos em companhias que demonstraram um aumento constante em seus dividendos ao longo dos últimos cinco anos, sinalizando robustez operacional e fundamentos sólidos. Seguem alguns exemplos:
- O sentimento positivo, que reflete a expectativa de valorização das ações nos próximos seis meses, está atualmente em 43,2%, acima da média histórica de 37,5%.
- Em contrapartida, o sentimento negativo, que pressupõe uma queda nos preços das ações no semestre seguinte, situa-se em 27,2%, abaixo da média histórica de 31%.
Estamos às vésperas de abril, o mês mais propício do ano para as ações de energia nos Estados Unidos.
Historicamente, nos últimos 33 anos, abril tem sido o mês de destaque para o setor, com ganhos médios de quase +2% em relação ao S&P 500.
Setembro e fevereiro aparecem em seguida, com avanços de cerca de +1% e +0,75%, respectivamente, enquanto novembro, julho e agosto são os menos favoráveis.
Para investir neste setor, uma das alternativas é o Energy Select Sector SPDR Fund, um ETF que replica o desempenho do setor de energia do índice S&P 500. Com gestão de mais de US$ 26 bilhões em ativos, ele se apresenta como uma opção acessível para quem deseja ter exposição ao setor energético.
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