Bolsas Demoram para Interpretar as Medidas do BCE mas Operam em Alta

 | 11.03.2016 07:57

ÁSIA: Os mercados da Ásia reverteram às perdas iniciais e fecharam em alta nesta sexta-feira (11), com os investidores digerindo o pacote de medidas de flexibilização do Banco Central Europeu (BCE), cortando suas principais taxas de juros e ampliando seu programa maciço de compra de títulos.

Após a conferência à imprensa proferida pelo presidente do BCE, Mario Draghi, os mercados reagiram negativamente às medidas; o euro se fortaleceu e empurrou as ações para baixo. Inicialmente, os mercados asiáticos rastrearam este humor, mas mais tarde o ânimo tomou conta e apagou as perdas. Analistas disseram que os mercados de dívida estavam muito mais otimistas com o anúncio do BCE e que o mercado de ações, mais errático, resolveu seguir a liderança mais calma do mercado de títulos e moveu-se para cima. Outros analistas atribuíram a reação negativa inicial dos mercados a uma falta de confiança nas perspectivas econômicas e na capacidade do BCE de elevar a inflação, além disso, o estímulo do BCE foi o esperado e os preços já estavam valorizados pelo mercado anteriormente.

O valor de referência japonês Nikkei apagou as perdas e fechou 0,51% maior, em 16,938.87, mas o índice caiu 0,44% na semana. O iene manteve-se dentro dos 113 em relação ao dólar, com a paridade fechando a 113,47. Exportadores no Japão terminaram sem direção. Toyota caiu 0,23% e Nissan caiu 0,32%, enquanto Sony subiu 0,3%. Normalmente, um iene mais forte é negativo para os exportadores, pois reduz os seus lucros no exterior quando convertidos em moeda local.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,32%, em 5,166.40 pontos, registrando um ganho de 1,5% na semana. As ações australianas subiram pela segunda semana consecutiva, puxadas por um ganho recorde de 19% no preço do minério de ferro. O BNP Paribas (PA:BNPP) disse em uma nota nesta sexta-feira (11) que as commodities, em particular o minério de ferro, tinham sido um fator chave para o mercado australiano, nesta semana, na ausência de dados importantes, com o rali ocorrendo depois do Congresso do Partido Nacional da China, no fim de semana (5-6 de março). Nesta semana, o minério de ferro atingiu US $ 63,30 a tonelada, o seu ponto mais alto no ano, mas hoje, os preços recuaram para US$ 57,40 a tonelada, mas o rali de commodities ajudou a fortalecer o dólar australiano que subiu para US$ 0,75, ante US$ 0,71 no mês passado.

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Entre as mineradoras da Austrália, Rio Tinto (LON:RIO) caiu 0,36% e BHP Billiton recuou 0,51%, enquanto South32 terminou em alta de 3,5%. Entre notícias corporativas, a joint venture entre Vale e BHP Billiton, a SAMARCO, anunciou que estava esperando para reiniciar a produção em sua mina de minério de ferro, em Minas Gerais, até o início do quarto trimestre, a menos de um ano depois que a barragem de rejeitos estourou matando 19 pessoas.

BHP caiu 0,3% na semana a US$ 17,61, enquanto Rio Tinto mergulhou 0,7%, para US$ 44,57. Fortescue subiu 6,4% na semana a US$ 2,65, após a notícia de que a Vale poderia comprar até 15% das ações da Fortescue e uma participação direta nas minas da empresa australiana, a maior manobra corporativa feita em Pilbara desde 2010, quando BHP e Rio Tinto juntaram suas divisões de minério de ferro.

South32 registrou o melhor desempenho na semana, disparando 19,5% para US$ 1,63 em meio a especulações de que seus principais produtos, manganês, alumina e carvão estão subindo. O manganês, que responde por cerca de 27% dos lucros, tem calmamente subido 49% neste ano. Os preços da alumina, que respondem por um quarto de seus lucros recuperaram 21%. Para finalizar, a UBS, atualizou a empresa de “esperar” para “comprar”, observando que metade da produção mundial desses produtos é deficitária.

Mercados chineses inverteram as perdas, com o Shanghai Composite e o Shenzhen Composite sendo negociados em ligeira alta. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,65%. O yuan chinês se fortaleceu contra o dólar, com o par dólar/yuan em queda de 0,21%, para 6,4935. Antes da abertura dos mercados, o Banco Popular da China (PBOC) definiu o ponto médio de correção do yuan em 6,4905, seu nível mais forte em 2016, em comparação com correção de 6,5127 de quinta-feira (10).

Os preços do petróleo subiram durante o horário da Ásia, depois de inverterem a tendência descendente durante o horário americano, quando relatórios davam conta que seria pouco provável a decisão da OPEP de congelar a produção sem a participação do Irã. Na Austrália, Santos subiu 0,78%, Oil Search caiu 1,91% e a japonesa Inpex recuou 1%. Na China continental, os stocks de energia recuaram. Sinopec caiu 1%.

EUROPA: As bolsas europeias avançam com os investidores aproveitando um rali nos preços do petróleo e reagindo tardiamente às medidas de flexibilização do Banco Central Europeu (BCE) anunciado na quinta-feira(10).

O Stoxx Europe 600 sobe 2,11%, com destaque para os bancos. O Stoxx Europe índice Financials 600 sobe 1,93% após o BCE lançar quatro operações de refinanciamento de prazos direcionados, ou TLTRO. O italiano UniCredit (MI:CRDI) dispara 7,89%, o Banco Popular Español avança 9,46% e Deutsche Bank da Alemanha sobe 6,28%.

No Reino Unido, o FTSE 100 avança, seguindo seus pares regionais. O déficit comercial do Reino Unido com o resto do mundo diminuiu para GBP 10.3 bilhões (US$ 14.200.000.000) em janeiro, ante um déficit revisado de GBP 10.5 bilhões em dezembro. Os dados mostraram que o déficit com a UE aumentou em janeiro para GBP 8.1 bilhões, com o Reino Unido importando mais de seus vizinhos, mas o déficit com o mundo fora da UE melhorou, diminuindo para GBP 2.2 bilhões de GBP 3 bilhões em dezembro.

O Reino Unido se prepara para um referendo sobre a sua continuidade na EU, previsto para 23 de Junho. A UE é o destino para um pouco menos de metade das exportações anuais da Grã-Bretanha e muitos economistas alertam que deixar o bloco poderia prejudicar o seu crescimento. Os simpatizantes com a saída da UE alegam que deixaria o Reino Unido livre para novos acordos comerciais com os mercados emergentes e outros países não europeus, o que poderia em última análise beneficiar o comércio britânico.

As mineradoras em Londres avançam. BHP Billiton sobe 3,3% e Rio Tinto avança 3,4%. Entre as empresas de petróleo, BP e Royal Dutch Shell sobem 2,2% cada.

Os preços ao consumidor alemão aumentaram 0,4% em fevereiro em relação ao mês anterior, mas diminuiu 0,2% em relação a fevereiro de 2015, confirmando a sua primeira estimativa. Os dados de fevereiro, assim com os dos meses anteriores, ficaram abaixo da meta de inflação de médio prazo do Banco Central Europeu de pouco menos de 2%.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
10h30 - Import Prices (preços de bens importados, excluindo petróleo);

HORÁRIO DE VERÃO EUA: Os Estados Unidos entram no horário de verão no dia 13 de março, quando os relógios serão adiantados em 1h. Com isso, Brasília passará a ficar 1h à frente de Nova York e as bolsas em Wall Street passarão a abrir às 10h30 (de Brasília) e fechar às 17h (de Brasília).

Observação: Este material é um dados desse relatório .

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