Bolsas Mundiais Recuam com Nova Intervenção da China no Mercado Cambial

 | 12.08.2015 07:17

ÁSIA: As bolsas asiáticas recuaram nesta quarta-feira, após o Banco Popular da China (PBOC) permitir o yuan a estender as perdas pelo segundo dia consecutivo. Antes da abertura do mercado, o Banco Central definiu o ponto médio para a moeda em 6,3306 por dólar, 75 centavos abaixo dos 6,2298 do dia anterior, marcando o nível mais fraco desde outubro de 2012, chocando o sentimento dos mercados regionais.

O dólar australiano caiu 1% para uma baixa de seis anos, em $ 0,7216, enquanto o dólar neozelandês desvalorizou 0,6% contra o dólar, seu nível mais baixo desde julho de 2009. Moedas do Sudeste Asiático também foram afetadas; o dólar de Singapura renovou uma baixa de cinco anos em 1,4149, enquanto a rupia da Indonésia e o ringgit da Malásia tocaram uma baixa não vista desde a crise financeira asiática de 1998.

Na China, o Shanghai Composite fechou em baixa de 1,03%, enquanto outros índices no continente seguiram os movimentos do benchmark. O índice das blues chips CSI300 e Shenzhen Composite ampliaram as perdas na hora final de negociação para terminar em baixa de mais de 1% cada.

Companhias aéreas chinesas estavam novamente entre as mais atingidas pela nova queda do yuan. China Eastern Airlines e China Southern Airlines caíram quase 6%, com preocupações de que uma moeda mais fraca poderia aumentar os custos de empréstimos e dos combustíveis para as transportadoras chinesas. Air China perdeu 4,4%.

Uma série de dados divulgados no período da tarde, incluindo as vendas no varejo de julho, produção industrial e investimento em ativos fixos ficaram abaixo das estimativas.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,65%, próximo de uma baixa de cinco semanas. A gigante de internet Tencent Holdings caiu 4,5%, com a liberação de balanços corporativos após o fechamento do mercado. A operadora da bolsa Hong Kong Exchanges and Clearing (HKEx) registrou perdas de 4,2%, apesar de publicar um aumento 112% no lucro líquido de abril a junho. Oferecendo suporte para a bolsa, Li & Fung, uma empresa com sede em Hong Kong, que vende mercadorias da China nos EUA e Europa, avançou 3,7%, no entanto, outros exportadores chineses inverteram os ganhos de terça-feira. China Machinery Engineering Corp. e Lenovo Group recuaram 5 e 2,3%, respectivamente.

Nikkei do Japão caiu 1,68%, pesado por ações com exposição significativa na China. As fabricantes de equipamentos de construção Komatsu e Hitachi Construction Machinery caíram 2,9 e 2,7%, respectivamente. As siderúrgicas também estenderam as perdas. JFE Holdings e Japan Steelworks mergulharam 7,1 e 3,9%, respectivamente. Ações ligadas ao petróleo, como JX Holdings e Showa Shell Sekiyu perderam 1,4 e 2,6%. Os preços do petróleo nos EUA ficaram perto de mínimas de seis anos, enquanto a fabricante de relógios Seiko Holdings disparou 7,3%, após balanço trimestral.

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O S&P/ASX 200 da Austrália caiu 1,66% para uma baixa de sete meses, pesado pelos setores de energia e recursos, que compõem mais de 30% do índice. O setor de mineração liderou as perdas, caindo 3,2% depois que o Morgan Stanley (NYSE:MS) reduziu suas previsões para o minério de ferro em 2015.

A China é o maior consumidor mundial de commodities e quando se trata de metais, também é o maior produtor de muitos deles. A decisão surpresa do país de desvalorizar o yuan em cerca de 1,9% em relação ao dólar, na terça-feira, provocou um choque no mercado de commodities. Em termos práticos, uma queda do yuan em relação ao dólar aumenta o preço desse metal em yuan e isso incentivará uma maior produção do metal e os consumidores chineses o consumirão menos. Isso significa que a China precisa importar menos do metal (ou se é um exportador, pode exportar mais de metal), reduzindo o "preço mundial" da commodity, ou seja, o preço em dólar dos EUA.

Santos e Woodside Petroleum diminuíram 4,9 e 3,8%, respectivamente, enquanto pesos-pesados ​​do índice BHP Billiton e Rio Tinto (LONDON:RIO) perderam 5,4 e 4,3%, respectivamente, no entanto, os avanços entre ações ligadas ao ouro minimizaram parte da pressão sobre o índice. Evolution Mining e Kingsgate Consolidated saltaram 1 e 9,1%, respectivamente, como o preço do metal precioso próximo de uma alta de três semanas no comércio asiático.

Antes da abertura do mercado, Commonwealth Bank of Australia anunciou uma emissão de 5 bilhões de dólares australianos (3,65 bilhões de dólares) para impulsionar o capital em resposta à pressão regulamentar. Mais cedo, o banco apresentou um aumento de 5% no lucro. As ações da segunda maior instituição de crédito do país estão com as negociações interrompidas. Westpac, ANZ Banking e National Australia Bank fecharam em baixa de quase 2% cada.

EUROPA: As bolsas europeias seguem o movimento de baixa pelo segundo dia consecutivo, com a persistência das preocupações sobre as perspectivas de crescimento da China após o banco central do país permitir que o yuan recuasse ainda mais.

O índice Europe Stoxx 600 cai 2,57%, na sequência de uma perda de 1,6% na terça-feira, quando os mercados em todo o mundo foram atingidos pela decisão do Banco Popular da China de desvalorizar o yuan. Analistas interpretaram o movimento como o reinício de uma "guerra cambial", onde as principais economias brigam para enfraquecer suas moedas, em uma tentativa de estimular o crescimento e impulsionar as exportações e que movimento levanta temores de que a desaceleração na China está se acelerando e que o governo chinês está em pânico.

Exportadores, que tem grande parte de suas receitas provenientes da China, lideraram as perdas. No setor de mineração, as ações da Glencore (LONDON:GLEN) despencam 5,58%, BHP Billiton recua 2,87% e Rio Tinto cai 1,88%. Entre os fabricantes de automóveis, a Peugeot cai 4,55%, BMW recua 3,71% e Fiat Chrysler Automobiles desvaloriza 3,06%. Empresas de artigos de luxo também sofrem. Burberry Group (LONDON:BRBY) cai 3,58%, LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton recua 4,52% e Hermes International perde 3,14%.

O índice CAC 40 da França cai apesar do banco da França anunciar que o superávit em conta corrente do país ampliou em junho em comparação com maio e o déficit comercial recuou durante o mês.

Em Londres, o FTSE 100 recua, com todos os setores registrando perdas. A produtora de ouro Randgold Resources (LONDON:RRS) sobe 2,15% e é a única ação negociada em alta. A taxa de desemprego da Grã-Bretanha subiu em junho e o crescimento salarial permaneceu estável. 25.000 pessoas ficaram sem trabalho nos três meses até junho, empurrando a taxa de desemprego para 5,6%, ante 5,5% nos três meses anteriores. Enquanto isso, o rendimento médio também cresceu para 2,8% no ano, excluindo os pagamentos de bônus, a ritmo mais rápido desde o início de 2009, reforçando a expectativa de que o mercado de trabalho está estabilizando. O banco de Inglaterra sinalizou na semana passada que está a caminho de aumentar a sua taxa básica de juros no primeiro semestre do próximo ano. A inflação anual está em zero graças a queda do preço do petróleo, mas as autoridades esperam um crescimento dos salários mais rápido para ajudar na meta de 2% para inflação para os próximos anos.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
11h00 - JOLTS Job Openings (pesquisa mensal em diferentes indústrias em que analisa contratações, abertura de emprego, demissões, recrutamentos, etc);
11h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
14h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);
5h00 - Federal Budget Balance (orçamento federal dos Estados Unidos).

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:

ÁSIA
Nikkei: -1,58%
Austrália: -1,66%
Shanghai: -1,03%
Hong Kong: -2,65%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -2,35%
London - FTSE: -1,37%
Paris CAC: -2,73%
IBEX 35: -1,88%
FTSE MIB:-2,46%

COMMODITIES
BRENT: +1,22%
WTI: +0,70%
OURO: +0,80%
COBRE: -0,32%
NIQUEL: -1,48%
SOJA: -0,51%
ALGODÃO: -0,29%

ÍNDICES FUTUROS
DOW: -1,06%
SP500: -1,11%
NASDAQ: -1,13%

Observação: Este material é um dados desse relatório .

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