Bolsas Sobem Após Corte do Juros pelo BoE
Haramoto | 05.08.2016 08:31
Bolsas sobem após corte do juros pelo BoE e esperam dados dos EUA
ÁSIA: Mercados da Ásia fecharam mistos nesta sexta-feira, com investidores aguardando o relatório do mercado de trabalho dos EUA em julho
O Banco da Inglaterra cortou as taxas de 0,5% para 0,25%, pela primeira vez em mais de sete anos e disse que iria criar um novo Termo de Financiamento no valor de até 100 bilhões de libras (US $ 132 bilhões) e anunciou compras de 60 bilhões de libras de títulos do governo e 10 bilhões de títulos corporativos. O Banco Central ainda cortou as estimativas de crescimento para o próximo ano. Espera-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% no país em 2017. A perspectiva anterior era de 2,3%. Em 2018, a cifra cai de 2,3% para 1,8%. A libra caiu de $ 1,330 para níveis abaixo de US $ 1,316 após a decisão. Durante o pregão da Ásia, a libra foi negociado a US $ 1,3130.
Na Austrália, o ASX 200 terminou em alta de 0,39%, em 5,497.40 pontos, com os subíndices energia e materiais avançando 1,19 e 1,73%, respectivamente. Na semana, o índice registrou uma perda semanal de 1,17%. O banco central da Austrália sinalizou nesta sexta-feira mais cortes na sua taxas de juros e é provável que a inflação fique abaixo da meta de 2% a 3% até o final de 2018. O anúncio acontece depois de cortar a sua taxa na terça-feira em um quarto de ponto percentual, para um recorde baixa de 1,50%, pesando os quatro grandes bancos, que representam coletivamente por cerca de 40% do ASX 200. Commonwealth Bank of Australia, o maior dos quatro, caiu 1,7% nesta semana. Entre as mineradoras, BHP Billiton subiu 3,7%, Fortescue disparou 6% e Rio Tinto (LON:RIO) avançou 1,7%.
No Japão, o Nikkei fechou estável em 16,254.45 pontos, não conseguindo segurar os ganhos da manhã e fechou a semana com uma perda de 2%. No início desta semana, as ações japonesas recuaram devido um iene mais forte, com os investidores desapontados com as medidas de estímulo anunciadas pelo governo e pelo banco central do Japão. Nem todos os analistas estavam convencidos de que a política monetária do Banco do Japão estava funcionando.
Desde que o banco central anunciou na semana passada que só iria aumentar a sua compra de fundos negociados em bolsa (ETFs), mantendo as taxas de juro e as suas compras de títulos do governo japonês (JGB) inalteradas, os rendimentos do JGB subiram. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços dos títulos e os rendimentos relativamente mais elevados observados nas últimas sessões indicaram que os investidores estavam vendendo JGB. A combinação de rendimentos JGB mais elevadas e um iene mais firme resultará involuntariamente num aperto das condições monetárias pois o aumento dos rendimentos do JGB elevar o custo dos empréstimos do governo num momento em que a dívida do governo em relação ao PIB é de cerca de 240%.
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Na sexta-feira, o rendimento do JGB de 10 anos caiu ligeiramente para -0,089%, em relação aos níveis de -0,077% na quinta-feira. Duas semanas antes, o rendimento estava em -0,240%. O iene era negociado a 101,02, semelhante aos níveis de quinta-feira.
Em Hong Kong, índice Hang Seng subiu 1,51%, enquanto na China continental, os mercados fecharam para baixo, pela terceira semana consecutiva em meio a pedidos oficiais para conter bolhas de ativos, juntamente com as mais recentes normas regulamentares de gestão de riqueza. O Shanghai Composite recuou 0,18%, em 2977 pontos e o Shenzhen Composite caiu 0,37%. As ações de empresas financeiras sediadas no Reino Unido listadas em Hong Kong fecharam em alta em resposta ao estímulo do Banco da Inglaterra. Standard Chartered (LON:STAN) subiu 1,72%, enquanto o HSBC Holdings (LON:HSBA) adicionou 1% e Prudential (LON:PRU) ganhou 1,8%. Em Shenzhen, China Vanke subiu 6,5% depois que China Evergrande Group, disse que adquiriu uma participação de 4,68% na China Vanke de 9,1 bilhões de yuans (US $ 1,4 bilhões) e impulsionou ações do setor imobiliário em geral na China.
Os preços do petróleo recuaram durante o horário da Ásia, mas os players de energia na região subiram. Santos adicionou 1,53%, Woodside Petroleum ganhou 0,98% na Austrália, enquanto a japonesa Inpex subiu 0,98%.
EUROPA: As bolsas europeias abriram em alta, impulsionadas pelo corte da taxa de BoE e com investidores cautelosos de olho nos dados de empregos nos EUA. O Stoxx Europe 600 sobe 0,36%, após subir 0,7% na quinta-feira depois que o Banco da Inglaterra cortou a taxa de referência do Reino Unido, mas segue para um recuo semanal de 0,8%, o que seria o primeiro prejuízo em quatro semanas.
Entre os destaques individuais, Royal Bank of Scotland despenca 5,63% após o credor reportar aumento do prejuízo líquido no primeiro semestre de £ 2,05 bilhões ($ 2,68 bilhões) em meio à disposições de litígio e mais custos de reestruturação. O governo detém 73% da propriedade do RBS e também disse que está desistindo da cisão de sua unidade Williams & Glyn.
No Reino Unido, o FTSE 100 avança, seguindo para uma nova alta anual e o índice segue a caminho para um aumento semanal de 0,9%. Na quinta-feira, o benchmark subiu 1,6% depois que o Banco da Inglaterra reduziu sua taxa básica de juros para uma baixa recorde de 0,25%, expandiu seu programa de flexibilização quantitativa e disse que vai começar a comprar £ 10 bilhões em obrigações de empresas. Os movimentos vieram depois que dados mostraram desaceleração na economia britânica depois do Brexit em junho. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 2,9%,
BHP Billiton sobe 3,8% e Rio Tinto ganha 3,6%.
Os pedidos às empresas da Alemanha inesperadamente diminuiu de 0,4% em junho, devido uma forte queda nas encomendas de dentro da zona euro.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - Relatório de Emprego, composto por: Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada);
9h30 - Trade Balance (balança comercial; mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país);
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