Investing.com | 02.07.2019 15:10
Os investidores tiveram tudo para se empolgar com o desempenho dos mercados de ações em junho. Os ganhos dos S&P 500 foram os melhores para o mês desde 1955. Os resultados mensais do Dow foram ainda melhores: valorização de 7,2%, a maior desde 1938. Quanto ao NASDAQ, o índice teve seu melhor mês de junho desde 2000, subindo 6,9%.
De fato, o mercado acionário vem apresentando um bom desempenho no acumulado do ano: o S&P 500 subiu 17,4%, após um ganho de 3,8% no segundo trimestre; o Dow se valorizou 14,1% no mesmo período, e o NASDAQ avançou 20,66%. Além disso, as ações norte-americanas subiram forte nesta segunda-feira. A ameaça de imposição de tarifas em produtos da União Europeia pelos EUA em retaliação a subsídios europeus à Airbus, no entanto, refluiu o ímpeto dos investidores nesta terça-feira, com os índices de Wall Street operando sem sentido definido.
h2 Mais volatilidade, mais movimentos abruptos/h2Muitas coisas estão fazendo a alegria dos investidores. Exceto as correções abruptas e geralmente assustadoras que vêm ocorrendo repetidamente nos últimos 18 meses. Elas foram responsáveis por quedas de cerca de 20% no quarto trimestre de 2018 e de quase 7% no último mês de maio.
Entre a eleição de 2016 e o fim de 2017, os principais índices dos EUA só passaram um mês no negativo. Mas, desde janeiro de 2018, o S&P e o NASDAQ tiveram seis meses de baixa, enquanto o Dow teve cinco.
Com isso, o ganho do S&P 500 neste ano, ao final de junho, foi menor do que seu resultado ao final de abril. Também é possível que haja mais volatilidade pela frente.
Atualmente, os mercados financeiros estão sendo dominados por forças que alimentaram os rápidos movimentos de ascensão ou queda, como:
O mês de julho começará com essas três questões em compasso de espera, o que abriu espaço para a alta de segunda-feira.
Mesmo assim, toda calma superficial é desfeita por alguns resultados inesperados que podem apontar para outras questões mais profundas:
Então, o que virá pela frente? Depende. Primeiramente, do arrefecimento dos eventos que geraram fortes quedas (ameaças tarifárias, militares e nucleares). Os traders e seus algoritmos odeiam a incerteza.
A situação atual é mais favorável para as ações. As taxas de juros estão menores. Os títulos de 10 anos do Tesouro americano encerraram o trimestre a 2,0%, ou seja, se desvalorizaram 25% neste ano por conta das preocupações com a desaceleração da economia mundial. A economia norte-americana está crescendo ao ritmo de cerca de 3% ao ano, para a impaciência do governo Trump, mas não parece que uma recessão esteja à vista.
A taxa de desemprego interna, que ficou em 3,6% em maio, caiu 64% desde o pico de 10% em outubro de 2009. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram dois terços desde o pico de março de 2009.
As grandes empresas continuam recomprando suas ações, o que distribui a receita entre menos papéis, ajudando a sustentar os preços. Devemos admitir que as recompras de US$ 205,8 bilhões no primeiro trimestre ficaram 7,7% abaixo do quarto trimestre, mas subiram 8,9% em relação ao ano anterior, de acordo com os índices S&P e Dow Jones. Somente a Apple adquiriu US$ 23,1 bilhões em ações no 1T.
No entanto, atuam contra esses fatores alguns possíveis ventos contrários:
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