21 Trading Coach | 23.05.2013 19:59
A Bovespa esvaziou as perdas no final do pregão desta quinta-feira, mas fechou no vermelho pela primeira vez em cinco sessões, com a fraqueza da indústria chinesa e preocupações sobre o futuro do programa de estímulos monetários nos Estados Unidos abatendo os mercados acionários globais.
O Ibovespa perdeu 0,14 %, a 56.349 pontos. Na mínima, o índice chegou a cair 1,86 %. O giro financeiro da sessão foi de 6,88 bilhões de reais.
Mais cedo, o clima externo negativo pesou nos negócios --o referencial norte-americano S&P 500 caiu 0,29 % e o principal índice europeu de ações perdeu 2,1 %. Em Tóquio, o Nikkei desabou 7,3 %, sua maior queda percentual diária em dois anos.
Segundo profissionais do mercado, os investidores vinham procurando um motivo para realizar lucro e atribuíram o movimento à afirmação do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, na quarta-feira, de que o BC norte-americano poderia decidir reduzir o ritmo de compras de títulos em uma de suas próximas reuniões.
O humor piorou após a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China de maio, que mostrou que a atividade industrial do país encolheu pela primeira vez em sete meses, ampliando temores sobre a recuperação econômica.
"Mas esse movimento perdeu força porque foi ficando mais claro que os vendedores estavam forçando a barra, arrumando desculpa para realizar lucros", disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos.
As blue chips Vale, OGX e Petrobras estavam entre as principais contribuições negativas para o Ibovespa.
Dentre as poucas altas do índice, destaque para Eletrobras, em meio à percepção de que a estatal de energia elétrica continuará a pagar dividendos para suas ações preferenciais e que dará sequência ao plano de reestruturação.
Além disso, a ação da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, firmou alta na reta final do pregão, aliviando a pressão sobre o índice.
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