Túlio Iannini | 05.11.2024 15:49
O Brasil demonstra um forte potencial para se consolidar como um hub de tecnologia de pagamentos na América do Sul. Com um ecossistema maduro e inovador, o país reúne diversos fatores que o colocam em posição de destaque no cenário regional e até global, em relação a inovações financeiras.
O número expressivo de fintechs em operação no país é um claro indicativo desse potencial. Com mais de 2 mil empresas atuando ativamente no setor, sendo em torno 300 delas regulamentadas pelo Banco Central, o Brasil lidera o ranking sul-americano, seguido pela Colômbia, Argentina e Chile, demonstrando a efervescência e o dinamismo do mercado. Este ambiente fértil para inovação é impulsionado por uma regulamentação robusta e, ao mesmo tempo, adaptável às novas tecnologias, fator crucial para atrair investimentos e fomentar o crescimento do setor.
Um dos maiores sucessos brasileiros, o Pix (Sistema de Pagamentos Instantâneos), se destaca como um exemplo concreto dessa inovação. Com mais de 900 instituições participantes e ocupando a posição de segundo meio de pagamento mais utilizado no mundo, atrás apenas da Índia, revolucionou a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. Sua velocidade, praticidade e baixo custo o tornaram rapidamente popular, impulsionando a inclusão financeira e a digitalização da economia. A adoção do Pix em alguns países da América Latina, ainda que voltada para brasileiros residentes no exterior, demonstra o potencial de expansão e influência do sistema.
Além do Pix, o BCB (Banco Central do Brasil) tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do ecossistema de pagamentos. Reconhecido internacionalmente, foi premiado como o melhor Banco Central do mundo pela revista Central Banking, em reconhecimento à sua atuação na promoção da estabilidade financeira, modernização do sistema de pagamentos e fomento à inovação. A proatividade do BCB em regulamentar e estimular novas tecnologias, como o Drex (Real Digital) e o Open Finance, reforça o compromisso da instituição com a construção de um ambiente propício para o desenvolvimento do setor.
As transferências inteligentes foram introduzidas em abril de 2024 e já começam a revolucionar os pagamentos no comércio físico com o Pix por aproximação e o Click Pix, utilizado para pagamentos facilitados no comércio eletrônico. Para muitos especialistas é a principal inovação no sistema Open Finance no mundo.
Outro marco importante é o lançamento do Drex, a plataforma que permitirá o pagamento de bens tokenizados. Essa iniciativa coloca o Brasil na vanguarda da inovação em ativos digitais, abrindo caminho para novas possibilidades no mercado financeiro e reforçando a posição do país como um player relevante no cenário global.
Apesar dos avanços, os desafios ainda precisam ser superados para que o Brasil consolide sua posição como hub de tecnologia de pagamentos na América do Sul. A infraestrutura tecnológica, a inclusão digital e a harmonização regulatória com outros países da região são pontos cruciais para o desenvolvimento pleno do setor.
No entanto, o cenário atual é promissor. O Brasil possui os ingredientes necessários para liderar a transformação digital do sistema financeiro na América do Sul, impulsionando o crescimento econômico e a inclusão financeira na região. A combinação de um ecossistema dinâmico de fintechs, um Banco Central proativo e inovador, e o desenvolvimento de tecnologias disruptivas como o Pix e o Drex, coloca o país em uma posição privilegiada para se tornar um verdadeiro hub de tecnologia de pagamentos, influenciando e inspirando outros países a seguirem o mesmo caminho.
Já está na hora do país assumir o protagonismo e unir-se com outras fintechs de países vizinhos para criar um ecossistema integrado com interoperabilidade.
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