Empiricus Research | 06.01.2017 16:36
Buy America
Em dia de noticiário doméstico relativamente fraco, nossa bolsa opera em queda refletindo dados econômicos positivos nos Estados Unidos.
Indicativos de bom desempenho do mercado de trabalho voltam a alimentar bons prognósticos de crescimento econômico por lá, às vésperas da posse de Trump. Dólar se valoriza.
Nos juros, se estende a queda moderada das taxas longas observada desde ontem.
Faltou disposição
Franzi a testa para a decisão de Petrobras (SA:PETR4) de reajustar somente o diesel. Muito embora o óleo seja componente mais relevante nos resultados da empresa, o silêncio em relação aos preços de gasolina abre espaço para questionar a consistência da nova política de preços, introduzida pela companhia no final do ano passado.
Ontem conversava com o Carlos sobre o assunto, que muito apropriadamente lembrou que o México introduziu política de paridade semelhante — mas muito melhor estruturada, negociada com os diferentes setores sociais e avisada com enorme antecedência. Lá, reajustes recentes desencadearam protestos que incomodam ao governo federal.
Talvez tenha faltado disposição, por aqui, para correr o mesmo risco.
Pedacinho do Céu
De tanto assistir à TV Gazeta sábado à tarde, enfim fui convencido: vou comprar um apartamento.
Encontrei amplos imóveis de 42 metros quadrados e cinco suítes, com lazer completo: espaço kids, academia (blogueira fitness incluída), piscina coberta com sal do Himalaia, ciclovia privativa, espaço zen e churrasqueira gourmet.
Tudo para morar em meio à natureza (muito verde!), e com fácil acesso a São Paulo: são apenas quarenta e três quilômetros até o Rodoanel. Um verdadeiro pedacinho do céu financiado em suaves prestações ao longo de trinta anos.
É a oportunidade da minha vida, mas preciso correr: restam somente 816 unidades.
Mas antes, vou dedicar meu final de semana ao tempestivo Decisões Inteligentes em Imóveis . Não que isso vá mudar minha decisão, mas vai que…
Déjà vu?
Ontem foi um dia duro para quem apostava contra o renminbi. Com o governo chinês mexendo nos juros interbancários, ficou caro ficar short na moeda.
Isso já aconteceu antes. Em janeiro do ano passado, iniciativa idêntica gerou resultados de curto prazo semelhantes:
A propósito, elevar juros contra a desvalorização do câmbio foi a a receita do Banco da Inglaterra lá atrás, em 1992, no conhecido “Trade do Século” de George Soros.
O resto é história.
Ainda o tal Bitcoin
Quis a sorte (ou azar?) que, após minha nota sobre o Bitcoin na última segunda-feira, a moeda sofresse uma sacudida significativa. Em relação ao topo, queda acumulada é de pouco mais de 20 por cento.
Não adiantou insistir que vinha em missão de paz. Da próxima vez eu falo mal do Justin Bieber: possivelmente as reações serão menos raivosas…
Ainda assim, insisto em trazer mais um fato curioso: em azul, o renminbi; em branco, o Bitcoin:
Levantamos por aqui que, nos últimos seis meses, cerca de 98 por cento do volume de trading de Bitcoin no mundo se deu contra o renminbi. E a quase totalidade se deu por três ambientes de negociação. Será que o governo chinês, ávido por conter a saída de capitais do país, já atentou para isso?
Teve gente escrevendo perguntando se “agora era uma boa oportunidade para entrar”. Minha resposta é simples: por favor releia a longa nota que escrevi na segunda-feira .
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