Café Atinge Novas Máximas, Mas Será que Consegue Subir Ainda Mais?

 | 27.11.2021 14:29

Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com.

  • O Brasil é o principal produtor de café arábica
  • Uma geada em julho elevou o preço do produto até a máxima plurianual
  • Outras duas commodities agrícolas brasileiras atingiram suas maiores cotações em anos.
  • Café registra máxima mais alta em novembro
  • Quarto teste da região de US$3 por libra-peso pode estar no horizonte

O contrato futuro do café na Intercontinental Exchange estava abaixo de US$1 por libra-peso em julho de 2020, quando superou esse patamar e não olhou mais para trás. Um ano depois, o preço já havia dobrado de valor, ao superar a marca de US$2 pela primeira vez desde outubro de 2014.

Bull markets raramente se movem em linha reta, e as correções podem ser brutais, abalando a confiança até dos touros mais convictos. O movimento de alta do café terminou em julho, com o preço caindo até a mínima de US$1,7160 por libra-peso em agosto. Em outubro, o preço voltou a superar US$2 e, em novembro, depois de se consolidar e digerir os ganhos anteriores, o café futuro registrou nova máxima acima do pico de 2014.

O contrato futuro do café disparou durante uma tempestade de alta perfeita para a commodity agrícola. Além da inflação e dos gargalos na cadeia de fornecimento, o clima na região de cultivo não cooperou com a produção do café arábica,

h2 O Brasil é o principal produtor de café arábica/h2

O Brasil domina o mercado de commodities agrícolas. Açúcar, café, cacau, algodão e suco de laranja congelado e concentrado são os membros dos mercados futuros do setor negociados na Intercontinental Exchange. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de cana-de-açúcar, café arábica e laranjas.

Apesar de o país viver uma bagunça econômica e política, seu solo e clima fazem com que seja um dos principais países produtores de commodities do mundo. As condições climáticas no Brasil são críticas para as safras anuais de açúcar, café e laranja.

Durante a pandemia, o Brasil enfrentou dificuldades, assim como o resto do mundo. O país tem o segundo maior número de fatalidades, mais de 612.000, e é o terceiro em infecções, atrás dos EUA e Índia, com 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados. O vírus causou grandes problemas para a cadeia de fornecimento e o mercado de trabalho brasileiros. A elevação dos preços de energia também encareceu muito mais as exportações de commodities agrícolas para consumidores ao redor do mundo.

h2 Uma geada em julho elevou o preço do café até a máxima plurianual/h2
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Embora o impacto da pandemia tenha pressionado a alta dos preços do açúcar, café e laranja, uma geada em julho aumentou ainda mais os estragos, fazendo sua cotação atingir máximas plurianuais. Os cafezais sofreram mais com o frio, com muitos produtores perdendo suas safras anuais. Em julho, quando o clima frio provocou mais estragos, o café arábica futuro negociado na ICE rompeu a resistência técnica de US$1,76 por libra-peso, referente à máxima de novembro de 2016, alcançando US$2 pela primeira vez desde 2014.

O açúcar e o suco de laranja futuro também registraram ralis por causa da geada, atingindo máximas plurianuais.

h2 Outras duas commodities agrícolas brasileiras atingiram suas maiores cotações em anos/h2

O início da pandemia global de 2020 pesou sobre todas as classes de ativos, e as commodities agrícolas brasileiras não foram exceção. O preço do contrato futuro mais negociado do açúcar atingiu seu nível mais baixo desde 2007, quando formou fundo a US$9,05 centavos por libra-peso em abril de 2020.