Café Valoriza na Semana com Queda do Dólar e Chuvas

 | 21.10.2016 16:54

Apesar das perdas nos dois últimos pregões, os contratos futuros do café acumularam ganhos na semana. O comportamento do dólar, o desenvolvimento da safra brasileira 2017/18 e os indicadores técnicos foram os principais fatores que influenciaram o movimento das cotações.

No Brasil, o dólar comercial foi cotado ontem a R$ 3,139, com queda de 2,06% em relação ao fechamento da semana anterior. O significativo fluxo de entrada de divisas, dado que o prazo para regularização de recursos brasileiros no exterior encerra em 31 de outubro, explica a apreciação do real ante o dólar. O ainda atrativo patamar dos juros no País, após o corte de 0,25% na Selic, também apoiou essa tendência.

Em relação às condições climáticas que afetam o desenvolvimento da safra 2017/18 do Brasil, a Somar Meteorologia estima, até a próxima segunda-feira, redução do calor excessivo e precipitações da ordem de 30 mm a 50 mm no Paraná, São Paulo, Sul e Cerrado de Minas Gerais. Porém, na Zona da Mata, Espírito Santo e Bahia ainda predominará tempo quente e seco. Segundo a Climatempo, as chuvas devem retornar ao Espírito Santo entre os dias 29 e 30 de outubro.

Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do Café Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,5590 por libra-peso, com alta de 50 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento novembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.095 por tonelada, com valorização de US$ 51 em relação à última sexta-feira.

No mercado físico nacional, pela primeira vez os preços do café conilon superaram os do arábica, refletindo a crítica situação de escassez do produto. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 507,50/saca e a R$ 518,58/saca, respectivamente, com variações de -0,3% e 4,7% em relação ao fechamento da semana anterior.