Câmbio: Caiu e subiu, a aversão a risco continua

 | 28.09.2022 06:05

O grande temor do mercado é de que um aperto monetário muito intenso nas principais economias desencadeie uma recessão global. E, na minha opinião, isso está mesmo para acontecer. Acontece que, aqui no Brasil, a situação não é esta. Primeiramente, porque subimos os juros antes, nosso PIB está sendo consecutivamente renovado para cima e nossa inflação está desacelerando. Portanto, pelos fundamentos, deveria vir fluxo para cá.
 
O dólar fechou ontem cotado a R$ 5,3772 para venda. Mas o dia foi extremamente volátil, e essa volatilidade vai se manter. Conforme minhas análises anteriores, sexta feira teremos a Ptax de final de mês e trimestre e a briga entre comprados e vendidos deve agitar os pregões. Além disso domingo e dia de eleição e este fato por si só acrescenta volatilidade ao câmbio devido às incertezas para o futuro do país. 
 
Ontem, na mínima do dia, o dólar chegou a operar em R$  5,2972 e na máxima a R$ 5,382. 
 
O índice de inflação que saiu ontem, IPCA-15, que caiu 0,37% em setembro,  jogou a favor da visão de que o Banco Central já encerrou seu ciclo de aperto monetário e que o momento atual, de juros a 13,75% ao ano, pode ser um bom ponto de entrada em ativos brasileiros por parte de investidores internacionais. Se não fosse isso, era capaz de o dólar ter subido ainda mais. 
 
O ambiente externo pessimista acabou fazendo com que o dólar subisse no mundo inteiro. O Fed elevou sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira reunião consecutiva, e divulgou projeções econômicas que apontaram um ambiente de política monetária bem mais agressivo do que o inicialmente projetado pelos mercados, o que tem tornado a perspectiva de recessão norte-americana cada vez mais provável.
 
O euro caiu em meio a dúvidas sobre o setor de energia do continente. Autoridades da Europa investigam a causa de vazamentos e quedas de pressão nas tubulações do gasoduto Nord Stream, que ligam a Rússia à Alemanha. Os preços do gás natural tiveram alta forte, enquanto analistas ponderam sobre o impacto desse problema para a economia da zona do euro. Economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane disse que há muitos indícios de que a região desacelerará. Ao mesmo tempo, a inflação deve fazer o BCE continuar a elevar os juros. 
 
E o que tem para hoje no calendário? Aqui no Brasil o CAGED (evolução do emprego de agosto), IPP ( índice de preços ao produtor) de agosto. Nos EUA discurso de Bostic e Bullard, membros do Fomc, e de Jerome Powell o chair do Fed e vendas pendentes de moradias de agosto.
 
E qual sua opinião para o dólar hoje? Sobe mais? A libra já está a US$ 1,07, o euro já descolou bem do dólar e está US$ 0,9595.
 
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