CDI x Ibovespa: Qual é o Melhor Retorno?

 | 12.02.2019 09:05

Durante a semana voltaram as discussões no Twitter sobre qual é o melhor retorno dos investimentos: renda fixa ou bolsa de valores? Taxa de juros (CDI) ou renda variável (ações)? Do lado das ações o gestor do fundo Alaska, Henrique Bredda e, do lado do CDI, Samy Dana, professor da FGV. Foram apresentados dados do passado em períodos diferentes.

De que lado eu estou?

Um grande amigo meu, Zé Márcio, perguntou para mim qual era a minha posição sobre essa discussão. Minha resposta: essa discussão não faz o menor sentido. Na minha opinião todo portfólio de investimentos deveria deve ter as duas classes de ativos. A participação de cada ativo na carteira de investimentos depende do perfil de cada investidor.

Final de semana na praia ou na montanha?

Escolher entre renda fixa (CDI) e renda variável (ações) tem a mesma utilidade do que escolher qual o destino preferido no final de semana: praia ou montanha, ou escolher a bebida preferida: fermentada (vinho ou cerveja) ou destilada (uísque, gin). Conclusão: uma coisa não exclui a outra, portanto, escolha as duas alternativas.

Rentabilidade passada não é garantia de futuro

Esse é o disclaimer (aviso) clássico sobre fundos de investimento, pois o passado não pode ser usado como garantia no futuro. A taxa de juros já foi muito alta no Brasil, com CDI de 26% ao ano num passado não muito distante, e não deve mais ser usada como parâmetro.

Fim da cultura do CDI

O quer ganhar mais, corra mais risco .

Daqui pra frente, tudo será diferente

No Brasil o rendimento das aplicações financeiras sempre foi analisado em relação ao benchmark, ou base de comparação, que sempre foi a taxa de juros (CDI). Acredito que a tendência é que o investidor brasileiro comece a pensar no retorno do seu portfólio de investimentos em termos absolutos ou em termos reais (descontada a inflação).

Meta de rentabilidade da carteira

Para escolher o perfil da carteira de investimentos é preciso saber o grau de risco que o investidor está disposto a correr nas suas aplicações financeiras. Segundo a moderna teoria de finanças, não existe alto retorno com risco baixo. Assim, para aumentar o nível de retorno de um portfólio, é preciso sempre também aumentar o risco.

Comparação que faz sentido

Na minha opinião a comparação que deve ser feita entre o Ibovespa (ações) e taxa de juros (CDI) é a relação risco e retorno, ou seja, não somente o retorno no período, mas também a sua volatilidade. A volatilidade do retorno é uma medida de dispersão de retorno que analisa o grau de risco.

O CDI obteve retorno de 6,4% em 2018, com volatilidade de apenas 0,01%. O que isto quer dizer? Significa que na média o retorno em CDI ficou de 6,39% a 6,41% em 2018.

O Ibovespa obteve retorno de 15,03% em 2018, com desvio padrão (volatilidade) de 22,18% ao ano. O intervalo de retornos do Ibovespa é bem mais largo: -7,13% a 37,21%, ou seja, no pior cenário um resultado negativo de 7,13% e no melhor cenário um ganho de 37,21%.

Diversificação de risco

O mais importante num portfólio de investimentos é a diversificação: não colocar todos os ovos na mesma cesta e escolher os melhores ativos dentro da sua classe.

No futebol o CDI seria o goleiro e a defesa que protegem o seu patrimônio e a sua reserva de liquidez no curto prazo. No extremo oposto a carteira de ações seria a dupla de ataque (Romário e Ronaldo) que busca muitos altos expressos em alto rendimento. Porém, um time de futebol não vive sem o meio de campo que conecta a defesa ao ataque.

Todo investidor precisa escolher a participação de cada classe de ativos na sua carteira de investimentos divididos em sete classes: taxa de juros pós-fixadas (CDI), renda fixa Tesouro Direto (IPCA+ e pré-fixado), fundos multimercados, fundos imobiliários, ações, dólar e opções.

Quanto as ações devem representar do patrimônio?

A participação de ações numa carteira de investimento deve ficar entre 5% e 40%, 5% para os conservadores e 40% no máximo para o investidor que gosta bastante de risco.

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