China Cria Gordura para Suportar Desaceleração no Segundo Semestre

 | 18.07.2017 09:13

Dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas revelaram nesta segunda-feira que o PIB (Produto Interno Bruto) da China subiu 6,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016 e 1,7% em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Respaldando os números positivos do segundo trimestre de 2017, a produção industrial avançou 7,6% em junho na base anual, uma boa aceleração frente à alta de 6,5% registrada em maio. As vendas no varejo saltaram 11% no mês de junho na base anual, também superior aos 10,7% registrados em maio.

No trimestre anterior, a economia da China também avançou 6,9% na base anual, mas se expandiu apenas 1,3% na base trimestral. Os números são muito positivos, mas a aceleração do crescimento na base mensal e trimestral não tende a se estender pelos próximos meses.

O governo chinês trabalha com uma meta de crescimento de 6,5% para 2017, relativamente inferior aos 6,7% de 2016, considerado o ritmo mais fraco dos últimos 26 anos.

O processo de transformação da economia chinesa (mais voltada para o mercado consumidor e menos dependente dos investimentos) segue em curso e as recentes medidas de controle do crédito e do excesso de produção tendem a fazer efeito no segundo semestre deste ano, provocando desaceleração do ritmo de crescimento mais próximo da meta a ser perseguida de 6,5%.

Entretanto, os números positivos do PIB deste segundo trimestre não animaram os investidores na bolsa de Xangai. Muito pelo contrário, o pregão tombou nesta segunda-feira, provocando perda da LTA rápida de sustentação da perna de alta iniciada aos 3k, bem como linha central de bolliger. É a queda mais forte desde o nascimento da atual perna de alta, sinalizando resistência formada na região dos 3,2k e possível reversão.