China quer melhorar a abertura ao exterior

 | 19.03.2024 10:00

A China deve reforçar a abertura do seu mercado interno para as empresas estrangeiras. Esta foi a principal mensagem ao exterior do governo chinês durante a reunião de política anual, conhecida como as Duas Sessões, que aconteceu em Pequim.

Esse compromisso com o mundo faz parte da política internacional do governo chinês de priorizar a expansão de seu mercado doméstico. Aliás, expandir a demanda interna é um dos objetivos centrais para este ano e deve acontecer com o lançamento de um programa com a duração de um ano para estimular o consumo.

Embora pareçam bastante gerais, essas mensagens sinalizam que um estímulo massivo ao consumo está próximo, o que é encorajador, dado a resistência da liderança chinesa em jorrar recursos na economia, abrindo a torneira tal qual fizeram bancos centrais ocidentais. Agora, o governo parece estar suficientemente confiante para dar prioridade a isso.

O primeiro-ministro Li Qiang disse: “Abstemo-nos de recorrer a um dilúvio de políticas de estímulo ou fortes medidas de estímulo de curto prazo”. Ou seja, espere por estímulo direcionados, como subsídios para a troca de bens de consumo antigos por novos e a abertura de novas frentes de consumo, como casas inteligentes e “produtos da moda”, além de entretenimento e turismo e esportes.

Assim, ganham as empresas e os consumidores chineses devido ao aumento da concorrência e de produtos melhores a preços atrativos; e ganham também as empresas estrangeiras, com o acesso a uma classe média que deve chegar a 800 milhões de pessoas em breve.

Abertura global /h2

Embora haja alguma desconfiança, com a opinião pública internacional dizendo que a China está em auto-isolamento, a segunda maior economia do mundo reitera seu interesse em impulsionar o investimento estrangeiro direito, apesar da crescente onda de desglobalização e protecionismo. Aos olhos dos chineses, uma abertura ao exterior é necessária para garantir a segurança nacional e oportunidades para negócios globais.

O presidente chinês Xi Jinping enfatizou que “tornar o consumo doméstico como o pilar da economia não visa, de forma alguma, um desenvolvimento à porta fechada”. Em vez disso, visa conectar um mercado interno mais forte, aproveitando o potencial da demanda interna,

com um mercado externo robusto, capitalizando melhor os recursos de ambos e alcançando um desenvolvimento mais sustentável.

Trata-se de uma campanha para “abrir as mentes locais” através de uma abordagem inovadora que se opõe ao protecionismo chinês e à discriminação contra empresas estrangeiras. Mas é importante ressaltar: a China não está se abrindo ainda mais como uma forma de se curvar à pressão externa, mas sim porque uma maior abertura é boa para a própria economia chinesa.

O que vem por aí/h2

A China deve então prosseguir com uma abertura de padrões mais elevados e garantir tratamento para empresas com financiamento estrangeiro, através de novas regras, regulamentos e medidas, capazes de facilitar o acesso ao mercado interno, nivelando o jogo entre as empresas estrangeiras e locais, abrindo o campo para que todas possam desfrutar um melhor ambiente de negócios.

Com isso, a China pretende criar “um ambiente de negócio de alto nível orientado para o mercado, baseado na lei e no padrão internacional”. Afinal, não se pode ignorar o sentimento dos investidores estrangeiros, diante de tantas incertezas em relação à economia interna, em meio aos problemas no setor imobiliário e à dívida local excessiva. Tanto que o Investimento Direto Estrangeiro na China em 2023 foi menor que em 2022.

Porém, as lideranças chinesas expressam otimismo em relação ao futuro. Para tanto, o governo chinês emitiu mais de duas dezenas de novas diretrizes para atrair mais capital global e otimizar ainda mais o ambiente de negócios para as corporações multinacionais.

As disposições de abertura ao exterior incluem incentivar investidores estrangeiros a estabelecer grandes projetos de inovação científica, trazendo novas tecnologias e conhecimento; garantir a igualdade de tratamento entre empresas estrangeiras e nacionais; permitir um acesso conveniente e seguro a mecanismos para fluxos de dados; capacitar as empresas estrangeiras a envolver-se plenamente nas ofertas governamentais; além de um apoio fiscal mais forte através de incentivos.

Por isso, a China diz que “a próxima China’ será esta China.

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