Com a Baixa, as Ações de Crescimento Estiveram entre as Maiores Perdedoras de 2018

 | 26.12.2018 08:35

Não era assim que os investidores de ações esperavam que 2018 terminasse. Ao longo do ano, os lucros corporativos foram fortes, a economia esteve em alta, e havia a expectativa de que os cortes tributários do presidente dos EUA, Donald Trump, repercutissem na economia, ajudando tantos os consumidores quanto as empresas a gastarem mais.

Mas, ao entrarmos na última semana de 2018, o cenário tem se mostrado muito feio. Nos últimos três meses, o medo e a incerteza tomaram conta dos investidores, desencadeando uma intensa queda que reduziu o valor das ações globais em US$ 5 trilhões e “presenteou” os investidores com um incisivo pregão na véspera de Natal, o qual apresentou seu pior desempenho para esse dia na história do mercado.

A diferença desse declínio é que a estratégia de comprar nas correções, usada diversas vezes pelos investidores para retomar o ciclo de alta sem precedentes da última década, parece não estar mais em jogo. Algumas das ações com perspectiva de crescimento mais forte durante a alta, como a Apple (NASDAQ:AAPL), o Facebook (NASDAQ:FB) e o Google (NASDAQ:GOOGL), devem terminar o ano no vermelho.

O revés para as gigantes das redes sociais: Facebook, Google e Twitter (NYSE:TWTR), foi particularmente intenso. Essas empresas foram prejudicadas pelo medo dos investidores de que houvesse investigações e regulamentações por parte do governo depois que suas plataformas foram usadas por adversários dos EUA, como a Rússia, para manipular a opinião pública e supostamente influenciar a eleição de 2016. Além disso, notícias de grandes violações de dados também geraram preocupações públicas com a viabilidade dessas companhias no longo prazo.

A Apple, fabricante do iPhone e do Mac, que se tornou a empresa mais valiosa do mundo por algum tempo durante o verão e início da primavera nos EUA, permaneceu imune aos problemas enfrentados pelas empresas das redes sociais. Mas, no último trimestre, ela sucumbiu às pressões geradas pela piora do ambiente macro, na media em que os investidores temiam o fim do superciclo do iPhone, o que enfraqueceria as vendas futuras caso o crescimento mundial viesse a desacelerar e a guerra comercial entre China e EUA piorasse.

No espaço tecnológico, as fabricantes de chips, que foram beneficiadas pelo frenesi dos consumidores por smartphones e videogames, bem como pela alta demanda das empresas de inteligências artificial e mineradores de criptomoedas, viram seus papéis serem dizimados ao primeiro sinal de que o pico de demanda já era coisa do passado.

h3 Fabricantes de chips, as grandes perdedoras/h3
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