Comentários de Donald Trump Afetam Desempenho das Bolsas Mundiais

 | 12.01.2017 07:34

ÁSIA: A conferência à imprensa de Donald Trump, que será o 45º presidente dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro, ​ não deixou muito clara as suas propostas políticas, cujos rumores levaram os mercados dos EUA e o dólar a subir quase 3% desde novembro. O presidente eleito fez algumas referências a "fazer a América voltar a ser grande”, mas não houve detalhes sobre gastos com infraestrutura, reforma fiscal corporativa, cortes de impostos sobre pessoas físicas, perspectivas de desregulamentação.

O índice do dólar, que mede a moeda americana contra uma cesta de seis moedas importantes, foi negociado a 101,49, ante 101,28 em Nova York, em reação à entrevista coletiva de Trump, que sequer mencionou a palavra "estímulo".

O par dólar / iene caiu para a mínima em um mês após a ruidosa e frenética conferência, cujos detalhes da política econômica, os analistas classificaram como "esparsa"​. O iene se fortaleceu contra o dólar para 114,25 em relação aos 116 na sessão de ontem, derrubando o índice Nikkei, que caiu 1,19%​. Um iene mais forte geralmente é uma má notícia para as empresas japonesas, pois torna as exportações mais caras e reduz os lucros repatriados obtidos no exterior.

Segundo o secretário-chefe do gabinete do Japão, o governo japonês estava "analisando minuciosamente" os comentários de Trump, embora tenha evitado comentar diretamente as declarações de Trump. Ele também disse que "o governo japonês acredita que os investimentos ativos e de livre comércio são os motores e a fonte das economias dos EUA e do Japão".

Dados mostraram que o superávit da balança comercial do Japão em novembro expandiu 28% em relação ao ano anterior para 1,416 trilhão de ienes, o maior superávit para o mês de novembro desde 2007. ​

Na Austrália, o ASX 200 caiu 0,08%, com o subíndice healthcare australiano terminando em baixa de 1,19%, na sequência da queda do setor nos EUA. A empresa de biotecnologia CSL caiu 2,8%, enquanto Mayne Pharma Group recuou 4,14%. Em contrapartida, as mineradoras avançaram. BHP Billiton subiu 1,2%, Fortescue avançou 1,4% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em alta de 1%.​

Ao longo da China continental, o Shanghai Composite terminou em baixa de 0,55%, enquanto o Shenzhen Composite fechou 0,87% menor. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,46%, depois de iniciar em território positivo, com o benchmark se aproximando da marca dos 23.000 pontos.

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Contrariando a tendência regional, o Kospi da Coreia do Sul subiu 0,58%. Samsung Eletronics subiu 1,36% e Samsung C&T subiu 1,59%, com investidores ignorando a notícia de que o chefe da Samsung Group, Jay Lee, foi interrogado por um promotor a respeito do escândalo de corrupção que envolveu e resultou no impeachment da Presidente Park Geun-hye.

Os preços do petróleo subiram mais de 2,5% na quarta-feira durante a sessão dos EUA, com o dólar enfraquecido após a conferência de imprensa de Trump e notícias de que a Arábia Saudita cortará as exportações para a Ásia. ​

EUROPA: As bolsas operam em queda na Europa nesta manhã de quinta-feira, com os investidores analisando relatórios corporativos recentes e digerindo as últimas declarações do Presidente eleito Donald Trump. O pan-europeu Stoxx 600 recua com os principais índices e a maioria dos setores recuando. Stocks de heathcare registram os piores desempenhos, após comentários de Trump sobre a indústria farmacêutica. ​

A empresa de artigos de luxo Richemont lidera os ganhos na Europa, saltando mais de 9%, depois de reportar vendas de 3,09 bilhões de euros no último trimestre de 2016.

Na Alemanha, o PIB em 2016 foi de 1,9, acima dos 1,7 de 2015, enquanto na França, o partido socialista realiza o primeiro debate das primárias antes das eleições presidenciais no final deste ano. ​ DAX30 da Alemanha e CAC 40 da França operam em baixa.

No Reino Unido, o FTSE 100 recua, após o índice subir 0,2% na quarta-feira, a 12ª sessão consecutiva de ganhos, marcando a sua série de altas mais longas​ de todos os tempos e também o 10 º recorde consecutivo de alta​. Tesco (LON:TSCO), o maior supermercado do Reino Unido, disse que as vendas subiram 0,7% no período de Natal, porém, suas ações caem 2% no início do pregão. Marks & Spencer sobe mais de 4% depois de manter as metas para o ano fiscal inalterada e anunciar um desempenho melhor do que o esperado nas vendas no terceiro trimestre. ​ As mineradoras avançam. Anglo American (LON:AAL) sobe 2,5%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 1,9%. Glencore (LON:GLEN) adiciona 1,8%. Entre as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto sobem 2,5 e 2,2%, respectivamente.

Olhando para o futuro, o Banco Central Europeu divulgará as suas últimas contas da reunião de política monetária e a zona euro receberá os seus últimos números sobre a produção industrial, mas ​o foco dos investidores provavelmente vai se voltar para divulgação de resultados, com a Delta Airlines começando a temporada de relatórios corporativos na tarde desta quinta-feira. ​

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
13h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados);
14h00 - Discurso do Presidente eleito Donald Trump;
16h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);
16h30 - Discurso do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley.

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,25%
SP500: -0,33%
NASDAQ: -0,29%


OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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