Commodities Nesta Semana: China Pode Frustrar Plano Saudita no Petróleo; Ouro Sobe

 | 12.08.2019 12:05

A Arábia Saudita prometeu reequilibrar os preços do petróleo, porém basta mais um aumento de estoques nos EUA ou uma elevação nas compras chinesas do petróleo iraniano para que o mercado entre em espiral de baixa.

O ouro, enquanto isso, continua próximo das novas máximas de 2019, ao redor de US$ 1.500. Os investidores estão à espera de notícias de mais problemas na economia mundial e de mais uma flexibilização do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Qualquer sinal de que a China esteja reduzindo suas aquisições de petróleo norte-americano e substituindo-o pelo petróleo iraniano pode cair como uma bomba para os touros, já que os dados semanais de estoques podem disparar novamente nos Estados Unidos. Na semana passada tivemos um exemplo claro do que a queda nas exportações petrolíferas dos EUA pode significar para os estoques: a redução de 710.000 barris em relação às exportações da semana anterior contribuiu enormemente para o acúmulo de 2,4 milhões de barris no estoque.

Dominick Chirichella, diretor de risco e negociação do Instituto de Gestão Energética, em Nova York, resumiu sucintamente o movimento da semana passada no petróleo, observando que o poderoso repique dos últimos dois dias foi resultado da correção do mercado de algumas das preocupações exageradas com a demanda, mesmo diante do fato de que temores de uma recessão causada pela guerra comercial entre EUA e China tenham pressionado os preços para baixo na semana.

Mercado mais focado na demanda do que na geopolítica

Em uma nota emitida nesta segunda-feira, Chirichella escreveu:

“A ameaça de batalha se arrasta há meses, e muitos riscos geopolíticos estão impactando a oferta, em contraste com o risco de desaceleração da economia mundial, que está fazendo o mercado se concentrar principalmente na demanda.”